Capítulo 230: Ego 10.

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Por onde sírias passava na cidade dos andes, ele chamava a atenção.

Muitos moradores locais acenavam para ele, enquanto algumas crianças não tinham medo de brincar e até tentar abraça-lo, ele passava uma presença completamente diferente nessa pequena cidade.

Isso não devia ao fato da sua posição no exército ou sua classificação como nobre, era puramente por causa da sua reputação dentro da cidade e as coisas que ele fez por esse lugar ao longo da sua vida.

Apesar da sua aparência jovem, as pessoas passaram a vê-lo como um vovô confiável.

Sírias era um homem forte e implacável na guerra, quase que maníaco, sua forma de lutar era praticamente suicida e temperamental.

Mas na cidade, sua atitude e personalidade pareciam mudar completamente.

Era alguém inofensivo.

Principalmente ao lidar com idosos e crianças, ele simplesmente não conseguia falar não.

Os olhos de sírias se encheram de melancolia ao entrar dentro da barreira do templo, memorias do passado vieram a tona enquanto um sentimento de tristeza se espalhava pelo seu corpo.

Muito tempo se passou e sempre que ele voltava para o templo, ele se lembrava do amor que o deixou no passado, não porque ele sentia algo e não houvesse superado, mas sim pelo destino que ela teve.

Apesar de tudo, sírias acreditava que ela não merecia aquele destino, ninguém merecia, quando ele soube que ela morreu mendigando nas ruas, sírias não ficou feliz ou exultante.

Ele sentiu pena.

Ele se perguntou se poderia ter feito algo diferente, se perguntou se seria diferente se ele oferecesse ajuda, não que ele pensasse em voltar com ela, ao menos....ele queria ver aquela garotinha sorridente que viu crescer feliz.

Agora que ele havia amadurecido até essa idade, muitas coisas na sua vida passaram a ter um ponto de vista diferente e menos egoísta.

-Conde Sírias a que devemos sua visita? – Um templário perguntou na entrada do templo, ele protegia a escadaria lateral que levava ao caminho alternativo ao santuário do homem.

-Vim fazer uma visita ao Grande Mago Doravani- Ele falou de forma respeitosa.

-Entendo, o grande mago está muito ocupado no momento, muitos visitantes importantes vieram hoje, você pode voltar amanhã- O templário tinha um sorriso gentil ao falar.

Sirias sorriu de volta, mas a criatura temperamental atrás dele abriu a boca.

-Você é um porteiro ou um gerente? Quem você é para decidir quem pode entrar ou não? - Ela falou enquanto se aproximava.

-Eu estou apenas controlando o fluxo de pessoas, famílias de sangue chegaram hoje senhora, e eu devo pensar na importância de quem sobe para não envergonhar o templo, não a como você me persuadir- Ele falou enquanto estufava o peito e encarava suzu.

Ambos se encararam em silencio.

Até que a aura da mulher explodiu.

Explodiu com uma precisão que sírias só teve tempo de ver uma mancha roxa brilhando em seu campo de visão, que eclodiu antes de um som poderoso da barreira sônica sendo quebrado explodir no templario.

Suzu cortou com a palma para frente como se seu braço fosse uma lamina.

-Vamos- Ela falou antes de pisar em cima do templário.

Sírias olhou para o homem, engoliu saliva e seguiu.

Se ela disse para ir ele obedece depois de avaliar muito ele foi persuadido por suas palavras logicas, ela até convenceu o templário, porque ele seria diferente?

Era Mitologica Parte 2.Onde histórias criam vida. Descubra agora