Amazônia - Capítulo III

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O calor estava insuportável. Mesmo depois daquele breve descanso, o suor já escorria pelo meu corpo, e minha blusa, antes leve, agora estava grudada na pele. Fazia 38 graus no Rio de Janeiro, e a sensação era de que eu estava derretendo. Cada movimento parecia exigir um esforço dobrado, mas eu continuei trabalhando, tentando ignorar o desconforto. Quando o calor ficou insuportável, eu suspendi a barra da minha blusa de trabalho, expondo meu abdômen e uma parte do meu sutiã preto. O alívio foi imediato, e mesmo com a exposição, ninguém parecia se incomodar - nem meu patrão, nem os clientes. Todos estavam lutando contra o mesmo calor.

Enquanto organizava algumas coisas no balcão, meu celular vibrou no bolso da calça. Peguei o aparelho rapidamente, enxugando o suor das mãos antes de desbloqueá-lo. Uma notificação estranha apareceu na tela: uma mensagem do professor Carlos, meu professor de arqueologia. Ele raramente me enviava mensagens fora do ambiente acadêmico, então, o simples "Oi" que ele mandou me deixou intrigada. Franzi a testa, sentindo meu coração acelerar um pouco. Algo estava errado. Ou, ao menos, diferente.

Batimentos cardíacos: 90 bpm

- Patrão, posso dar uma saída rápida para o banheiro? - perguntei, levantando o celular para ele ver que precisava lidar com algo importante.

- Vai, Ludmilla. Mas volta logo, hein? Esse calor tá de matar e não quero ter que fazer tudo sozinho aqui. - ele disse com um sorriso cansado, abanando-se com um pedaço de papelão.

Assenti rapidamente e me dirigi ao banheiro. Assim que fechei a porta atrás de mim, o celular já estava desbloqueado em minhas mãos. Abri a conversa com o professor e, para minha surpresa, ele continuava digitando. Algo definitivamente estava acontecendo. Meu coração deu uma pequena disparada, uma mistura de curiosidade e ansiedade começando a se formar em meu peito.
Batimentos cardíacos: 100 bpm

Então, a mensagem chegou:

"Ludmilla, preciso te contar uma coisa urgente. Jonathan Custer, o arqueólogo americano, viu suas pesquisas e está te convidando para uma missão. Ele quer você na equipe que vai caçar as Pedras do Zodíaco."

Por um momento, o tempo pareceu parar. A tela do celular parecia brilhar intensamente enquanto eu relia aquelas palavras, tentando processar. Jonathan Custer? As Pedras do Zodíaco? Eu era uma simples estudante de primeiro ano, sem nenhuma experiência prática. O que ele poderia querer comigo? Meu peito começou a se apertar, o coração batendo com força como se quisesse sair pela boca.

Batimentos cardíacos: 120 bpm

"Professor, isso é sério? Eu?" - Digitei de volta, mal acreditando no que estava acontecendo.

A resposta veio quase instantaneamente.

"Sim, Ludmilla. Ele analisou seu trabalho e ficou impressionado. Custer disse que você tem um talento único para a área. Ele mostrou o mapa da localização da primeira pedra. Está em uma área remota da Amazônia."

Meus olhos se arregalaram. A Amazônia? Eu não sabia se deveria me sentir animada ou apavorada. O que isso significava para mim? Eu, uma aluna de arqueologia que mal tinha terminado o primeiro ano, estava sendo escolhida para uma missão ao lado de um dos maiores arqueólogos do mundo? Senti um arrepio percorrer minha espinha. O medo e a excitação se misturavam dentro de mim, fazendo meu coração disparar ainda mais.

Batimentos cardíacos: 140 bpm

Olhei para o reflexo no espelho do banheiro, a blusa ainda levantada, o suor escorrendo pelo meu abdômen. Meu rosto estava vermelho, não só pelo calor, mas pela mistura de sentimentos que tomava conta de mim. Meu coração parecia querer pular para fora do peito, batendo mais rápido do que eu jamais havia sentido. Estava diante de uma escolha que poderia mudar completamente o rumo da minha vida.

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⏰ Última atualização: Oct 06 ⏰

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