Quarta rosa.

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Horas depois, Heeseung chegou em casa, o corpo ainda leve por conta da noite que teve, mas seus pensamentos estavam fixos em um único lugar: Sunoo.

O silêncio acolhedor da casa parecia amplificar cada passo que ele dava em direção ao quarto que dividia com o mais novo. Ao abrir a porta, seus olhos se encheram de ternura ao ver Sunoo dormindo profundamente, o rosto suave e tranquilo, lindo como sempre foi.

Heeseung se aproximou devagar, temendo quebrar aquela serenidade com sua presença. Ele se inclinou sobre Sunoo, deixando um beijo suave em sua testa, com um toque tão leve quanto um sussurro. Seu coração se aqueceu ao sentir a pele macia do outro sob seus lábios, e ele permitiu que um pequeno sorriso surgisse em seu rosto cansado, se abaixando para observar a aparência bela de Sunoo com mais atenção.

Ele amava o Kim de verdade, sabia disso. Só que não do jeito tradicional. Por isso ele se sentia culpado sempre, mas ainda assim não conseguia ser quem o outro merecia.

Com cuidado, ele deslizou os dedos pelos cabelos ruivos do namorado, acariciando-os de maneira delicada, tentando manter aquele momento de paz. O sorriso que antes estava em seus lábios começou a desaparecer gradualmente, substituído por uma expressão pensativa, quase melancólica.

— Me desculpa, Sun... — Murmurou baixinho, a voz embargada pelo misto de culpa e carinho que sentia. — Eu trouxe outra rosa para você.

Com carinho, ele depositou a rosa ao seu lado na cama com um gesto hesitante. Por um breve momento, Heeseung ficou ali, observando a flor como se ela pudesse carregar todas as palavras que ele não conseguia dizer. Logo depois, levantou-se e foi até o banheiro, em seguida sentindo o peso da água quente lavar seus pensamentos turbulentos.

Enquanto ele estava lá, o som suave da água caindo ecoando pela casa, Sunoo começou a abrir os olhos.

Seus olhos se abriram devagar, ainda pesados pela hesitação, mas logo sua atenção foi capturada pela rosa que estava ao seu lado, agora em suas mãos. Ele a observou em silêncio, os pensamentos embaralhados, sem saber ao certo o que aquilo significava. O perfume sutil da flor o envolvia, trazendo uma sensação de conforto, mas também de confusão.

— Por que você acha que precisa se desculpar por me dar uma rosa, Hee? — Sunoo murmurou tristemente para si mesmo, a voz suave como um suspiro.

Havia algo naquela flor, algo no gesto de Heeseung que o fazia sentir que, mesmo sem entender, algo estava acontecendo.



















Rosas | HEESUNOnde histórias criam vida. Descubra agora