Paolo - Capítulo 25

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Após vermos o que Enrico disse na frente de todos, vejo meu filho Mattias quase perdendo a cabeça por lago tão banal, ele sabe que se quisermos resolver isso podemos fazer de qualquer jeito, independente do sobrenome dele. Após todos irem embora vou em direção a ele.

— Mattias, você realmente não pensa. — Digo para ele. — Como pode ficar tão descontrolado para algo tão simples como isso?

— Não é simples pai, nunca é. — Ele diz quase elevando seu tom de voz, mas antes que pudesse fazer isso lhe acerto um soco em sua face.

— Eu não sou seu pai, não aqui. Aqui eu sou o Don, o que se mandar você comer lavagem você vai fazer isso, você acha que vou aceitar um insolente como você falar alto comigo? Ainda mais por causa de uma putinha barata que já tem tanto tempo que não ganharíamos nada com isso, ela não passa de uma fraca inútil, nem sabemos se é capaz de dar filhos dignos de serem meus. — Vejo a expressão de Mattias, ele não passa de um garoto birrento e mimado. Puxou sua mãe, aquela cadela inútil que nem para me dar um filho homem serviu.

— Certo. — Diz ele sem aumentar o tom de voz, do jeito que eu gosto um cachorrinho de guarda.

— Agora que você mostrou suas cartas, deixou Enrico, Renzo e Stefano em alerta, ainda mais Federico que concordou com a ideia dele, agora podemos perder nossa posição, pela birra de um pirralho inútil como você. Não podia querer outra mulher. Eu havia te informado que ela é insignificante para nós, não conhece nosso mundo, nossas regras, não sabe se comportar, imagine só, ela não aceitar fazer coisas por você e para você? Depois quem tem que limpar as merdas suas sou eu, nem para a vagabunda da sua mãe ter aguentado me dar outro filho serviu, morreu ela e ele no parto, poderia ter sido somente ela. — Pego um copo e coloco duas doses de whisky. — Talvez o seu irmão morto seria alguém que conseguisse pensar, diferente de você, agora adivinha só, vou ter que matar todos eles, só pelo fato de você não ter calado a porra da sua boca.

— Essa não foi a minha intenção. — Mattias fala tão baixo que mal consigo ouvir.

— E eu por acaso perguntei alguma coisa a você? Acredito que não, ou estou falando coisas que não vejo? Saia da minha frente antes que eu perca a cabeça e te mate, pois você só serve para adubo, seu monte de merda. — Após beber meu whisky arremesso meu copo em sua direção antes de ele sair da sala.

— Sr. Paolo? — Pela voz percebo que é Alessandro. — Posso entrar?

— Claro Alessandro. Davide. O que os trazem aqui? — Os questiono, pela reunião de hoje, seu departamento não vai ser retomado, ainda não, vai levar um pouco mais de tempo. Mas iremos voltar com ele.

— Queríamos saber, já que o nosso departamento não vai ser aberto, por enquanto acreditamos nisso, o que devemos fazer? — Pergunta Alessandro.

— Se tiver algo que podemos fazer pelo senhor, é só nos dizer que iremos providenciar. —Informa Davide, os dois estão quase implorando para poder continuar dentro da nossa família.

— Na verdade tem algo que gostaria que fizessem, na verdade, vocês sabem mexer com explosivos, certo? Precisava explodir somente um carro para deixar de aviso para uma determinada pessoa. — Os questiono.

— Sabemos, porém para quando precisa? — Alessandro pergunta.

— Para daqui 15 dias, ou até menos, vai depender de como as coisas vão se decorrer. — Respondo a eles.

Lembro-me que desde que conheci Alessandro e Davide, sempre fiquei impressionado com o que eles fizeram como membros do GIS, o Gruppo di Intervento Speciale dos Carabinieri. Eles faziam parte de uma unidade de elite, e a dedicação e o compromisso que demonstraram eram verdadeiramente inspiradores.

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