Enrico - Capítulo 13

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Deixando a sala junto a Renzo e Stefano me despeço de Maria e Leandro, descemos pelo elevador até a garagem, no qual nem sequer trocamos uma palavra, hoje estamos com um outro veículo, Renzo gosta de dirigir e Stefano de se mostrar com carros. Isso explica o motivo de estarmos prestes a entrar em um Cadillac CTS-V completamente preto

— Agora podem falar, sei que vocês dois tem muito a dizer — Digo batendo a porta do carro

— Não é nada demais, é só que, muito estranho esses 3 irmãos serem assim, tipo, você e — Renzo interrompe Stefano

— Não temos como saber se ele seria igual ao Enrico ou não, a criação deles é diferente da nossa. Aos 8 anos estávamos aprendendo a como matar, abrir e esconde4r animais sem deixar vestígios e dois anos depois estávamos matando pessoas. Vocês acham que eles faziam o que nessa idade? Acredito que estavam lendo O Hobbit ou quem saber Narnia — Diz Renzo ligando o carro

— Bom, isso é verdade, mas não deixa de ser estranho, só faltava a mãe e o pai entrar também nisso tudo

— Só porque seu Hobbie já era fumar e beber antes dos 14 anos, não quer dizer que todos sejam assim, não se esqueçam, eles são civis e nós somos um bando de filhas da puta que abaixa a cabeça pra quem comanda tudo isso, sem sequer questionar eles — Renzo manobra o veículo e sai em direção a portaria

Percebi que todos estão discordando demais sobre isso, pensava que Stefano iria concordar e Renzo criar caso, mas agora estou completamente confuso, como que até agora o Renzo não se impôs falando que essa é uma péssima ideia, está estranho, mas o que continua normal é ele nunca deixarmos falar o nome do meu irmão quando ele está perto, acredito que ele tenha sofrido até mais do que eu, afinal, os dois sempre foram como alma e corpo.

— Renzo, você que sempre foi chato, um verdadeiro pé no saco, por qual motivo não está achando ruim tudo isso? — Questiona Stefano

— Às vezes penso aonde estariam se eu não estivesse aqui. Ter os três juntos em algo é mais fácil do que os vigiar separadamente, facilita o trabalho, ou melhor, o meu trabalho

— É faz sentido isso — Diz Stefano pegando o celular

No caminho até o hotel foi tranquilo, chegamos, Renzo nos deixou e foi para o hotel em que estava, pedi serviço de quarto e, em poucos minutos, ouço uma batida suave na porta. Abro para receber o garçom, que traz um carrinho coberto por uma toalha branca imaculada, exalando o delicioso aroma das refeições que escolhemos.

Ele dispõe habilmente os pratos sobre a mesa de jantar: uma suculenta carne grelhada, acompanhada por vegetais frescos e um purê cremoso, além de uma salada colorida com molho balsâmico ao lado. No centro, uma garrafa de vinho tinto já aberta aguarda para ser servida.

— Stefano, está para vinho hoje?

— Todo dia estou para álcool, por que?

— Eles trouxeram vinho

— Sendo álcool é o que importa

Agradeço ao garçom enquanto ele se retira, deixando-nos para desfrutar da refeição. Sentados à mesa, começo a observas Stefano, esse aumento de consumo alcoólico está acima do normal, sei que ele sempre bebeu, mas está demais, em dois dias praticamente foi mais de 6 garrafas de álcool entre whisky, cachaça, cerveja, e ele bebeu sozinho.

— Stefano, ultimamente você está bebendo bastante, tem algo que esteja te influenciando nisso?

— Cada um se mata de uma maneira, eu bebendo meu álcool e você correndo atras da Maria, acha mesmo que ela vale isso tudo?

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