Maria Cristina - Capítulo 27

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— Mas minha irmã, você realmente em, acumulou tudo e jogo para fora tudo de uma vez. — Diz Ícaro

— Deixe disso, aquele cara merecia tudo isso e um pouco mais, lembra quantas vezes a Cris ficou isolada no quarto por causa desse filho da puta de merda? — Diz Leo. —Muitas vezes, ela fez foi demorar demais.

— Eu sei, mas e se ele processar ela?

— A gente o processa, lembra que ela foi em psicólogo por causa das crises dela? Então, temos provas disso, as sessões dela. —Informa Leo

— Gente, não vai acontecer nada, relaxa. Antes de ir para a reunião eu enviei um arquivo informando tudo o que estava acontecendo lá dentro, prints, projetos, e-mails, tudo que eu tinha eu juntei e enviei para eles, acredito que não tenha perigo e além disso eu já havia deixado uma reclamação formal contra ele ao RH uma vez, então está tudo documentado, até o print dele mandando mensagens me chamando de patética por ter ido ao RH enviei, falando que era mais fácil eu ser demitida do que ele. Então eu estou tranquila, é mais fácil eu processar ele, agora que estou mais calma consigo me recentralizar e me lembrei, sabia que se eu fizesse algo iria me sentir aliviada, mas ao mesmo tempo ficaria desesperada, então fiz tudo antes de ir para aquela sala. —Posso ser ruim em muitas coisas e ser boa em outras, mas o que eu me orgulho é de sempre deixar tudo á organizado caso eu faça merda e me deixe respaldada da merda que faço. — Então não se preocupem com isso, de verdade. — Digo para eles terminando meu sorvete.

— Está vendo isso, a tribal as vezes pensa, não precisamos nos preocupar com ela, não agora. —Diz Leo brincando com o Ícaro.

— Eu sei, mas de verdade cara, esse imbecil pode tentar algo ainda, só fico preocupado com ela. — Ícaro fala com uma voz doce e gentil, mas ao mesmo tempo deixando claro sua preocupação comigo

— Eu entendo sua preocupação, mas relaxa, ele é idiota, mas não tão idiota assim ne. — Diz Leo

— Bom, ele é, mas acho que não vem atrás não, a humilhação foi muita. — Digo para eles rindo e me lembrando do que aconteceu, só que agora um pouca aliviada.

— Você lembra daquela vez em que o Leo nos levou pra explorar o bosque atrás da casa da vovó? — Ícaro começou inclinando-se para frente com aquele sorriso travesso de sempre, enquanto misturava seu sorvete. — Ele jurava que sabia o caminho e que a gente ia encontrar um tesouro.

Eu sorri enquanto olhava para o Leo, que estava distraído com sua colher, fazendo círculos no sorvete. Como esquecer? Eu devia ter uns seis anos, e aquela aventura parecia tão grandiosa quanto uma expedição de verdade.

— Lembro bem — Disse para eles. — A gente andou tanto que eu já estava quase chorando, mas você e o Ícaro estavam tão empolgados que eu não queria ser a chata que estragava tudo.

— Mas quem disse que a gente estava empolgado? — Ícaro retrucou, fazendo uma careta dramática, enquanto olhava para mim. — Eu estava só seguindo o grande líder Leo. O cara sabia o que estava fazendo, né? — Ele riu alto e olhou para o Leo, provocando-o, ele adorava fazer isso.

Leo balançou a cabeça com um sorriso discreto, mas não conseguiu esconder o brilho nos olhos ao lembrar daquele dia. Ele sempre tentava parecer o mais sério, mas eu sabia que ele também se divertia com as nossas lembranças e principalmente com as nossas travessuras.

— Ei, eu era uma criança como vocês dois! — Leo finalmente falou, erguendo as mãos em um gesto de defesa. — E vocês acreditaram em mim! Se eu dizia que tinha um tesouro, vocês seguiam sem questionar.

— Claro que acreditamos — Retruquei, limpando um pouco de sorvete que tinha caído na mesa com o guardanapo. — Você era o mais velho. Se você dizia que eram ovos de dragão, quem éramos nós pra duvidar?

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