The Daggers of Marechiades

All Roads Lead to Rome

AVISO: Descrição gráfica de violência a seguir.

Assim que retornaram à Mansão, Mipsy os surpreendeu com comida indiana que ela conseguiu arranjar, embora não tenha contado como fez tal coisa. Pela aparência dos pratos, Hermione teve que se perguntar se não tinha viajado para a Índia para obtê-la. Ela realmente teria que se lembrar de ensinar Mipsy sobre livros de receitas trouxas, ou talvez até mesmo comida indiana para viagem, embora não conseguisse imaginar como isso poderia funcionar. A pobrezinha parecia exausta.

Lucius explicou uma tarde enquanto eles pesquisavam na Biblioteca Negra, que Mipsy ajudou a criar Draco desde que ele era um bebê, e ela não estava disposta a ser libertada depois que a guerra acabou. Então ele a deixou ficar e ela estava cuidando dele e da Mansão desde então. Ela era a única Elfa Doméstica restante na Mansão Malfoy. Não que ele precisasse de mais, com apenas ele e Hermione morando lá.

Para seu espanto, Lucius ficou fascinado pelos sabores dos pratos indianos. Ele gostava particularmente de palak paneer e frango tikka masala. Ela o observou fazer um esforço concentrado para não devorar o naan pincelado com ghee em algumas mordidas, e riu enquanto ele usava uma faca e um garfo para comer o pão e se recusava a usar as mãos como ela fazia.

Hermione não sabia dizer qual deles estava mais surpreso com a alegria dele. Ela estava lentamente, mas seguramente, quebrando suas paredes, e estava inegavelmente impressionada com as maneiras como Lucius lidou com a mudança de paradigma. Ela tentou ver da perspectiva dele, e sabia que, no lugar dele, não tinha certeza se conseguiria fazer o mesmo.

Admitir que tudo em que você acredita está errado ou fundamentalmente falho significava levar um golpe no ego e Hermione sabia que era uma pessoa orgulhosa. Lucius também. Mas ela supôs que devia ser seu senso sonserino de praticidade e necessidade que lhe permitiam se adaptar. Sobrevivência acima de tudo, incluindo sacrificar o orgulho, era um credo com o qual ambos estavam intimamente familiarizados.

Fazia apenas algumas semanas, mas Hermione se sentia confiante de que Lucius tinha começado a vê-la como um ser humano. Isso por si só significava muito para ela. Que ele era um amante impressionantemente bom também não doía, ela admitiu para si mesma. As coisas que ele fazia e dizia — a faziam tremer só de pensar nisso.

Hermione tinha lido sua cota de romances ruins e sabia que a maioria dos homens não conseguia encontrar a ponta certa de uma vassoura quando se tratava do corpo da maioria das mulheres. Ela e Ron tinham se atrapalhado quando adolescentes, mas ela nunca quis deixá-lo ir além de beijos e toques.

Ele tinha sido muito apressado e rude e frequentemente acabava causando desconforto em vez de prazer a ela. Ela sempre sentiu que era um ato muito íntimo para compartilhar com ele, já que não sentia que podia confiar nele com essa parte de si mesma. Ela simplesmente não conseguia acreditar que ele não a teria apressado e acabado machucando-a, mesmo por acidente.

Lucius, por outro lado, parecia saber exatamente o que dizer para fazê-la esquecer de respirar. Mas eles ainda não tinham falado sobre isso. Seu comportamento dominante no quarto a emocionava, mas ela sabia que era importante deixar coisas como limites claras, no mínimo.

Além disso, ela não era puritana e havia coisas que queria tentar. Ela resolveu que, pela manhã, falaria sobre isso com ele. Ela era uma grifinória, pelo amor de Merlin. Com essa convicção em mente, ela foi para a cama.

Naquela noite, enquanto dormia em seu quarto de hóspedes, ela sonhou mais uma vez com Marequiades.

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