The Daggers of Marechiades

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Quando retornaram à Mansão Malfoy, ficaram horrorizados ao encontrar um verdadeiro tesouro de cartas cheias de perguntas sobre seu casamento por contrato de sangue e muitas reclamações de pessoas que eles nem conheciam. As notícias evidentemente vazaram deliberadamente para a imprensa. Lucius desejou que pudessem ter ficado em Roma e evitado essa confusão.

Eles concordaram que voltariam para passear assim que a ameaça sobre suas cabeças fosse resolvida, para a frustração de Hermione. A curiosidade dela sobre a Roma trouxa o confundia, mas ele a acataria. Talvez ele descobrisse por que ela se sentia assim, se– se eles retornassem. Ele tentou não pensar nisso.

Os artigos nos jornais eram tão ruins quanto as cartas. Alguns se perguntavam se estavam fazendo isso para publicidade. A maioria era grosseira e depreciativa, alegando que era uma crise de meia-idade para ele, e que ela era uma interesseira. Outros diziam que tinha que ser sob coerção. Nenhum chegou perto da verdade; que tinha sido uma questão de vida ou morte.

Lucius estava furioso com os insultos lançados ao nome de sua família, mas também estava preocupado com o que isso faria à reputação dela. Para o bem de ambos, ele se perguntou se não seria melhor escrever um press-release. Ela argumentou que não faria muita diferença, já que a maioria não acreditaria que ela estava sob uma maldição de sangue causada por um demônio. Além disso, as proteções ao redor da Mansão Malfoy impediam que os repórteres e visitantes indesejados entrassem, então ela sentiu que era desnecessário.

O que mais irritou Lucius, no entanto, foi a pessoa que tinha sido responsável por essa confusão em primeiro lugar. Ronald Weasley fez um apelo público à imprensa dizendo que ela provavelmente estava lá contra sua vontade e que os Aurores se recusaram a agir porque estavam com medo das conexões políticas e financeiras de Lucius. Os jornais do dia seguinte tinham uma citação do Ministro negando a alegação e repreendendo o garoto Weasley por dizer coisas tão ignorantes sem um pingo de prova.

Ele mal conseguia acreditar o quão estúpido Ronald Weasley era. O garoto idiota tinha conseguido alienar uma bruxa tão indulgente e de coração mole quanto Hermione e agora ele escolheu tornar a vida dela mais difícil ao fazer isso — e com que propósito possível? Hermione sugeriu que provavelmente era pelos seus quinze minutos de fama, o que quer que aquela expressão trouxa significasse.

A atenção que o público estava dando ao assunto parecia desproporcional para ele, mas ela era a melhor amiga do garoto-que-sobreviveu. Isso teve o efeito de tornar a associação com qualquer pessoa de fora da Mansão Malfoy muito mais difícil, já que os repórteres provavelmente tentariam assediá-los se estivessem em público.

A quantidade esmagadora de pessoas que queriam ter voz ativa em como viveriam suas vidas parecia cansar Hermione. Ela tinha dificuldade de concentração e parecia pensativa e distraída.

Shacklebolt enviou uma carta perguntando sobre seu bem-estar e o status da busca por uma maneira de quebrar a maldição.

Eles lhe enviaram uma carta bastante longa, tranquilizando-o sobre a saúde dela e seu progresso.

Hermione levou a maior parte do dia para terminar de responder todas as cartas de amigos preocupados e filtrar as de benfeitores intrometidos, bem como as menos agradáveis, verificando se havia feitiços prejudiciais antes de usar um rápido incendio neles.

Uma em particular foi endereçada a ela por Potter. Ele pediu para encontrá-la para que pudessem falar com Ron juntos, no loft acima do Weasley's Wizard Wheezes. Ela escreveu de volta concordando em encontrá-lo na manhã seguinte. Lucius se sentiu obrigado a perguntar se ela queria que ele o acompanhasse, embora ele não quisesse nada a ver com nenhum dos homens-crianças que ela chamava de amigos. Ele faria o esforço, pelo bem dela.