Pietra point of view
- Você trouxe biquíni? - Falou assim que entramos no quarto e eu confirmei. - Você é nova né? eu lembro que ele trazia uma outra garota aqui, não lembro o nome. Era super chata.
- Sim, a gente começou a namorar tem pouco tempo. - Falei e ela concordou, coloquei minha mochila na cama e peguei um biquíni preto.
- Bom, como é sua primeira vez aqui já vou te avisar, não confiar nas garotas daqui, são tudo talarica. A maioria é irmã ou prima dos cara daqui, qualquer oportunidade dão em cima do seu macho. - Falou e eu concordei.
- Não ligo que elas dê em cima dele. - Falei baixo, mas ela ouviu e ficou uma cara de tipo "que?"
- Vocês tem um relacionamento aberto?
- Não é isso. - Ri nervosa tentando disfarça. - É que eu acho que quem tem que ter postura é ele, elas poder da em cima dele, mas ele tem que manter a postura entendeu?
- Ah sim, agora eu entendi. - Ela riu. - Eu também sou assim, quer dizer eu tento né, odeio que cheguem perto do Relíquia.
- Eu imagino, mas ele não parece ser esse tipo de homem, ele parece te amar e ser fiel a você. - Falei colocando meu biquíni, na frente dela mesmo.
- Ele é, mas eu tenho minhas inseguranças. - Ela falou sentando e eu concordei.
- Vocês estão juntos a quanto tempo? - Perguntei e ela sorriu.
- 8 anos namorando e 6 casados. - Falou e eu olhei surpresa.
- Nossa é muito tempo. - Ela sorriu.
- É sim, mas continuamos parecendo dois adolescentes apaixonados. - Dava pra ver no olhar dela o quanto ela amava ele.
(...)
Melissa tinha ido falar algo com o Relíquia e eu aproveitei pra ir na cozinha, pegar um energético, não tava afim de beber hoje.
Senti umas mãos na minha cintura, já tava pronta pra bater, até eu reconhecer a tatuagem na mão e nos braços.
- Sai Grego. - Falei e ele me apertou mais.
- Ta gostando? - Concordei. - A gente tem que ficar mais juntos, se não ninguém vai acreditar que a gente namora. - Falou no pé do meu ouvido e eu senti um negócio estranho.
- Tá, já vou. - Falei baixo. - Agora me solta por favor.
- Já já. - Ele chegou mais perto até unir nossos lábios, seu beijo era calmo, e dava pra sentir o cheiro do whisky na sua boca, ele pede passagem pra língua e eu concedo.
ele coloca uma mão na minha nuca e outra na minha bunda, apertando a mesma, enquanto eu abraço seu pescoço. Quando ele ia me colocar em cima do balcão um ser inútil atrapalha.
- Ui, desculpa, tô atrapalhando? - Uma garota ruiva, com a cabelo até a bunda falou entrando na cozinha com uma cara de cínica.
- Tá. - Antes que eu respondesse o Grego falou parecendo que ia fuzilar ela com os olhos.
- Grego tenho uma coisa pra te perguntar, tem como ficarmos a sós? - Falou olhando pra ele segurando sua correntinha. Peguei a mão dela com a ponta dos dedos e tirei da correntinha dele.
- Ta doida garota?
- O que amorzinho? tenho uns assuntos pra falar com ele. - Falou me olhando com cara de nojo.
Tava tentando acreditar que aquilo que eu tava fazendo era só atuação, mas não, eu realmente tava me mordendo de ciúmes.
- Sai Rafaela, tenho nada pra tratar contigo não, meus assuntos é com o seu irmão, e não contigo. - Grego falou olhando puto pra ela.
- Mas a gente não acabou com o que começou na outra reunião. - Falou batendo o pé, garota louca.
- E nem vamos, não ta vendo que tô casado agora? - Falou tirando a mão dela que já estava no seu braço. - Rala Rafaela, ou vou ter que chamar seu irmão.
Ela me olhou com raiva e saiu batendo o pé, deixando eu ele sozinhos.
- Tava com ciúmes preta? - Falou rindo e eu olhei pra ele.
- Não, aquilo foi só atuação, ou queria que eu deixasse ela falar daquele jeito e desconfiar de algo? - Falei e ele negou rindo.