Prólogo

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Eu demorei para postá-la, me perdoem. Para me redimir, fiz um capítulo longo, espero não decepcionar vocês.

Qualquer erro entre em contato comigo. Agradeço desde já, boa leitura!

Dedicatória: A todos nós que sonhamos com um centric do Sunghoon. 

Black and Purple.

Sunghoon havia acabado de entrar em uma boate qualquer, a música alta soava pelas grandes caixas de som milimetricamente medidas para trazer um conforto acústico. Era a primeira vez que ia em lugares assim, principalmente sozinho. As luzes piscavam, trazendo um desconforto ocular para o Park, que se direcionou ao bar. Para quem estava bêbado, os leds mal faziam diferença.

Observou o grande estoque de bebidas distribuídas nas prateleiras e viu o bartender vir em sua direção. Pediu um drink qualquer, só queria beber e se arrepender depois. De uns tempos para cá, o Park percebeu que as coisas não estavam lhe agradando.

Não sabia explicar, tinha acabado de começar o estágio pago pela faculdade de direito, havia conhecido uma garota recentemente, ela era incrível. Mas os desejos carnais da adolescência, que jurava que iam passar, prevaleceram, batendo em suas costas como chicote, rasgando a pele frágil, o cortando em mil pedaços.

Sunghoon escondeu os sentimentos, os reprimiu em uma caixa fechada, os trancou há sete chaves a sete palmos do chão. Mas, mesmo assim, ainda amava homens. Ainda se sentia quente quando Jungwon  se sentava ao seu lado sem camisa, ou quando Jay — o chefe do departamento em que trabalhava — vinha ao seu encontro com o terno sob medida, com os dois primeiros botões abertos.

E apesar de querê-los, não os podia ter, eles são héteros — ou achava que eram héteros — e Sunghoon queria ser um. Queria não amar homens, não os achar atraentes. Apesar de nunca se relacionar com nenhum, seu corpo ainda dava sinais quando era tocado em locais em que ele não deveria reagir.

Sunghoon não queria tocar as curvas sensuais de uma garota bonita, queria ser tocado, ser admirado, ser adorado... Era óbvio que não queria ir à boate apenas para beber, queria experimentar coisas novas, claro, escondido.

Bebeu um gole da bebida que lhe foi entregue e efetuou o pagamento por Pix. O gosto era doce, mas familiar a algo que ele não saberia distinguir, entretanto, reparou que a bebida era extremamente forte.

O Park olhou para todos que estavam ali, jovens, curtindo a vida sem se importar com o julgamento enquanto Sunghoon se sentia impotente, fora criado em família conservadora, ensinado a como se sentar, vestir, se parecer e falar, mas tudo parecia fútil agora.

Estava ali para se descobrir, trocar alguns beijos e, quem sabe, ir para a casa de alguém. Precisava ir para a pista de dança, talvez assim perderia a timidez que estava estampada em suas bochechas vermelhas, pelos pensamentos impróprios e pela bebida alcoólica.

Terminou o drink e se levantou, sentindo um arrepio percorrer como energia por seu corpo. Caminhou até a pista, passando os olhos de forma rápida pelas pessoas que estavam ali, animadas, rodeadas de amigos.

Se enfiou no meio delas até decidir parar, todos cantavam e pulavam animadas, o DJ fazia um bom trabalho com a playlist, conseguiu ver o rosto dele de relance e guardou na memória para depois caçá-lo no Instagram.

Mexeu o corpo lentamente, tentando seguir o ritmo do beat que tocava. Poderia distinguir ser uma música latina, a vibe que cobria o local era convidativa o suficiente para perder a vergonha. Soltou o quadril, oscilando-o de forma suave.

Baila Mais ‐ Sunghoon CentricOnde histórias criam vida. Descubra agora