Baila Mais ‐ Sunghoon Centric

Capítulo 1

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White.

Havia passado duas semanas desde que Sunghoon se relacionou com Sunoo e Niki, os toques de ambos ainda queimavam em sua pele. Teve que se esforçar bastante para cobrir as marcas explícitas que o Kim deixou em sua pele nos dias seguintes. As lembranças ainda rondavam seus pensamentos.

Ainda estava inseguro em falar abertamente sobre gostar de rapazes, achava muito cedo, o que lhe fazia ficar pensativo. Às vezes, no auge da madrugada, pedia a Deus para que o desejo por homens sumisse, que fossem arrancados de seu coração e que as lembranças sumissem. Aguentaria a dor penetrante, mas tudo foi tão incrível que não queria esquecer, as memórias prazerosas o atormentavam nas madrugadas em claro, em contraste com o incômodo interno que avisava que o inferno lhe aguardava.

Passar semanas em luta interna despedaçou o psicológico fraco. Sunghoon estava em combustão, uma faísca seria capaz de explodi-lo. Se assumir para Jungwon — seu melhor amigo — parecia a melhor escolha. Precisava conversar, os pensamentos excessivos estavam lhe sufocando, era óbvio que as olheiras profundas preocupam as pessoas próximas de si. Não aguentava mais ouvir as falsas preocupações e nenhum oferecimento de ajuda.

Estava escondendo os sentimentos de novo, não conseguia dormir a noite por que sonhos eróticos o acordava suado, com um belo problema entre as pernas, ainda se lembrava deles, de como aquilo lhe deu prazer, queria mais, precisava de mais. Mais toques, mais carícias, mais pessoas, mais experiências.

Era como se estivesse em abstinência, o prazer funcionava como droga para a sua testosterona. Se sentia como uma adolescente na puberdade, para esquecer desses problemas, se distraiu no trabalho.

Se perdia em horas de trabalho, atendendo clientes e respondendo e-mails, enquanto o caos do escritório de Jay se tornava seu refúgio temporário. Mal tinha tempo para se cuidar, de dormir direito para a faculdade no dia seguinte, porque quando chegava em casa às cinco horas da tarde, estudava até de madrugada.

Sempre ouviu que estudar após uma noite mal dormida equivalia a nada, tinha certeza disso ao receber os resultados das provas semanais. As notas que antes dançavam entre cem e oitenta agora despencavam, um reflexo cruel de sua confusão interna, com cada prova sendo um lembrete de que o equilíbrio estava fora de seu alcance.

— Sunghoonie, tudo bem? — Giselle perguntou preocupada, tentando tirar os fios pretos que tampavam os olhos de Sunghoon do rosto, mas ele se esquivava a cada toque. Estavam sentados há mais de cinco minutos e o Park não lhe dava atenção, distraído.

A Uchinaga, com a frustração transparecendo em seu rosto, sentia-se como uma presa em um jogo que não entendia. O que Sunghoon não via era o quanto ela se esforçava para ser notada, lutando contra suas próprias inseguranças, o rosto vermelho e as sobrancelhas franzidas deixava claro o desgosto pelo Park não estar conversando consigo.

— Estou. — Sorriu, mordendo a parte interna da bochecha, tentando não parecer incomodado. Odiava mentir, especialmente para si mesmo. A verdade o atormentava, como uma sombra persistente que não o deixava em paz, enquanto ele se via preso em um labirinto de medos e inseguranças

Era óbvio para todos os funcionários que o Park estava tentando dispensá-la, porém, sabiam que a coragem dele sumia a cada cuidado que ela tinha com ele, desde emprestar matérias que precisava no escritório ou lhe lembrar de tomar água por ficar horas ajeitando os documentos de Jay nas operações.

Ningning observava com um olhar preocupado, ciente de que Giselle estava se iludindo. A amizade delas estava em risco, mas ela não sabia como fazer a amiga ver a verdade sem machucá-la