Capítulo 7

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Red.

Sunghoon caminhava sem pressa, enquanto observava a lua cheia brilhante no céu, iluminando seu caminho. Havia esquecido o celular em casa, não tinha como falar com ninguém sobre o ocorrido. Entretanto, não sentia culpa, mas estava confuso.

Era esquisito, pensava que seria pior, imaginou milhões de cenários, mas a reação deles foi mais positiva que planejou. Parou bruscamente na ponte, observando um rapaz sentado na beirada, olhando para baixo.

— Espero que não esteja pensando em se matar. — Sussurrou, franzindo o cenho, chamando a atenção do moço, que olhou para trás, tentando descobrir se as palavras estavam sendo direcionadas para si.

— Jamais. — A face era bonita, mantinha um sorriso fraco, marcado nos lábios carnudos. A luz dos carros que passavam por ali, junto à lua, criava uma iluminação boa para verem os movimentos um do outro. — Gosto da vista, venho aqui para esfriar a cabeça.

— Não vejo necessidade em sentar numa parte tão perigosa. — Se apoiou ao lado do rapaz, olhando para o céu, imaginando quantos seres vagam por aí enquanto aproveitava a brisa proporcionada pela água do rio. — Ainda mais em uma ponte.

— Viver sem adrenalina não é viver. — Tirou um beck já bolado do bolso, olhando de soslaio para o rapaz, decidindo se oferecia ou não o cigarro de maconha. Se ele fosse de alguma área da polícia, estava fodido. — Aceita?

— Não, eu não fumo essas merdas. — Gesticulou com a mão, umedecendo os lábios, tentando se livrar dos pensamentos inúteis e das preocupações alarmantes que rondavam sua cabeça confusa.

Seu nome é? — Resmungou, com o cigarro na boca, acendendo em seguida, apesar da grosseria, não se sentiu ofendido, ciente que não era saudável, estava planejando parar. Bem, planejava, só não sabia quando iria largar o vício que lhe corroía a cada dia.

— Park Sunghoon. — Estalou a língua no céu da boca, um pouco desinteressado no assunto, mas resolveu dar uma chance para o rapaz, não tinha nada a perder conversando abobrinha com ele.

— Lee Heeseung. — Tragou de leve, prendendo o ar em seus pulmões, analisando os movimentos um tanto hesitantes do mais novo, as pintinhas espalhadas pelo rosto alheio se tornaram sua característica favorita nele. — Senta aí.

— Não acha que está muito cedo para eu confiar em você? — Sorriu, zoando, se sentando na beirada com certa dificuldade, colocando uma perna de cada lado. — Você pode, literalmente, me jogar lá embaixo.

— Depende do quão inocente você é. — Olhou para cima, depois voltando o olhar para Sunghoon, que lhe encarava, em uma análise silenciosa. Não se incomodou, até porque havia feito o mesmo com ele, bolava o beck quando o observava andar pela passarela.

Para o Park, era legal a áurea que Heeseung transmitia, parecia cuidadoso, gentil, com um toque de "postura", extremamente atraente. Os fios tingidos de vermelho combinavam com o tom de pele, os dedos finos e longos, veias aparentes seguiam das costas da mão até o braço. O pequeno material em volta do indicador e médio davam um toque de homem másculo, o pomo de adão saliente se mexia à medida que tragava o cigarro.

— Te conheço de algum lugar. — Passou a língua sobre o canino pontudo, repassando todas as memórias, desde as mais recentes, até as mais antigas, quando saiu de Seul para testar uma nova vida do outro lado do mundo.

— Prazer, "Mc Hee". — Gesticulou as aspas com a mão, balançando os pés inquietos sobre a água, se lembrando do porquê de estar ali. Apesar das noitadas, se sentia sozinho, isso estava lhe sufocando. No fim, compartilhavam da mesma dor.

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⏰ Última atualização: 2 days ago ⏰

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Baila Mais ‐ Sunghoon CentricOnde histórias criam vida. Descubra agora