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Acordo sentindo um peso familiar no meu peito, por um momento, fico imóvel tentando entender se o que estou sentindo é real ou apenas mais um sonho dos muitos que tive ao longo dos últimos meses. Meu coração acelera e meus olhos percorrem o quarto, reconhecendo cada detalhe, tudo está silencioso, exceto pela respiração suave de Carina contra mim.

Ela está aqui.

Sinto uma onda de emoção tomar conta de mim, algo que não consigo controlar meus olhos se enchem de lágrimas enquanto beijo os cabelos dela, sentindo aquele perfume tão característico que sempre me acalmou que sempre me fez sentir em casa. Por tanto tempo, pensei que nunca mais teria isso que tinha perdido ela pra sempre mas ela está aqui, deitada sobre mim, respirando o mesmo ar, aquecida contra o meu corpo e por um instante tudo parece certo no mundo.

Eu me permito absorver cada detalhe, o cheiro dela a suavidade dos seus cabelos entre meus dedos, o leve peso do seu corpo pressionando contra o meu. Depois de tudo... eu não estou mais sozinha, a mulher que eu amo está de volta.

Carina começa a se mexer ainda meio adormecida, e logo levanta a cabeça abrindo os olhos devagar. Quando ela me vê seu sorriso preguiçoso ilumina o quarto, ela esfrega o rosto no meu pescoço, como fazia quando queria um carinho, e eu não consigo deixar de sorrir com a familiaridade daquele gesto.

Buongiorno, bella — ela murmura contra minha pele sua voz rouca de sono.

Eu passo meus dedos pelas suas costas, acariciando devagar e a puxo para mais perto aproveitando esse momento, gravando cada sensação. Nós nos beijamos, um beijo lento cheio de significados como se estivéssemos tentando garantir uma à outra que isso era real.

Carina se estica na cama e então se levanta, me deixando com uma sensação de vazio imediato, ela caminha até o banheiro, a luz suave da manhã iluminando seu corpo de uma maneira que quase me faz prender a respiração. Ao chegar à porta ela se vira, seus olhos escuros encontrando os meus.

— Vou tomar um banho — ela diz casualmente mas há algo em seu tom que faz meu coração acelerar de novo.

— Eu vou logo depois de você — respondo achando que era o esperado.

Carina faz uma pausa na porta me observando por um momento. Um sorriso malicioso começa a se formar no seu rosto e seus olhos brilham de uma maneira que faz meu estômago se apertar de antecipação.

— Você realmente não vai tomar banho comigo, Maya?

Eu a olho surpresa minha mente tentando acompanhar o que ela está sugerindo.

— Eu... eu não sabia que era um convite — respondo meio sem jeito.

Carina balança a cabeça aquele sorriso travesso ainda presente.

— Não é um convite. — ela faz uma pausa seus olhos brilhando com provocação. — É uma ordem, eu quero que você venha e me faça gozar no chuveiro.

Meu corpo responde instantaneamente as palavras dela, e por um momento sinto meu coração quase parar. Sem pensar duas vezes eu me levanto da cama, já a caminho dela porque, bem... quando Carina DeLuca me dá uma "ordem" dessas, não tem como resistir.

Eu entrei no banheiro sentindo o chão gelado dar um choque térmico no meu corpo. Carina esta tirando a minha camiseta e entrando no chuveiro, a água escorre pelo seu corpo e ela olha pra mim um aquele sorriso.

— Muito bom que você sabe seguir ordens direitinho — ela falou passando a língua nos lábios com a voz rouca de sono e excitação.

Eu entro no box junto com ela deixando as gotículas de água caírem sobre a minha pele enquanto me aproximo, eu seguro sua cintura puxando ela para mim e a beijando intensamente.

Enemies to Love IIOnde histórias criam vida. Descubra agora