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O Martell suspirou pesadamente, as mãos firmemente apertadas na amurada do navio. A embarcação, robusta e imponente, cortava as águas escuras e revoltas que cercavam Dragonstone, suas velas brancas com o sol mal-humorado filtrando a luz por entre as nuvens carregadas.
A bandeira de Dorne tremulava com orgulho, o sol laranja e a lança dourada dançando ao sabor do vento, enquanto Oberyn observava a ilha se aproximar cada vez mais, seus contornos se tornando mais nítidos a cada instante.
As rochas escarpadas e o castelo imponente de Dragonstone erguiam-se contra o céu cinzento, como se a própria ilha estivesse se preparando para um confronto. A incerteza pulsava dentro dele.
O que aconteceria quando finalmente se encontrasse com Rhaenys e sua filha? A pergunta o atormentava, transformando o que deveria ser um momento de expectativa em um pesadelo sutil.
Oberyn não queria isso. Nunca se imaginará sendo pai, ao menos não dessa forma. A ideia de responsabilidade pesava sobre seus ombros como uma armadura indesejada.
Em sua mente, recordou as palavras que deixará escapar durante a discussão com Aerys, a ira ainda vibrando em sua memória. Ele também não queria isso.
Casar-se não era parte de seus planos; sempre fora um homem que priorizava sua liberdade acima de tudo. A visão de Rhaenys, com seu cabelo prateado e olhos que pareciam carregar o fogo de dragão, havia lançado uma sombra sobre sua determinação.
O que sentia por ela era puro desejo, uma chama intensa que se recusava a se apagar, e ele se negava a acreditar que poderia ser algo mais do que isso.
Enquanto o navio se aproximava da costa, Oberyn sentiu o frio da brisa do mar em seu rosto, um contraste com o calor que emanava de seus pensamentos tumultuados.
Ele observou as ondas se chocando contra as rochas, e cada impacto parecia ecoar suas incertezas. Que tipo de pai ele poderia ser? O que poderia oferecer a Rhaenys e à sua filha, além de uma vida de perigos e desafios?
A imagem de uma menina, tão pequena e inocente, atravessou sua mente. Como poderia ele se aproximar delas sem o peso da responsabilidade o sufocar? Cada onda que batia na amurada parecia trazer uma resposta sussurrante, mas ele não queria ouvir.
Assim, ele fixou os olhos na ilha, determinado a enfrentar o que estava por vir, mesmo que o caminho diante dele estivesse envolto em sombras.