Capítulo 9

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Bora pro último capítulo?

Espero que gostem.

xD

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Diego saiu do banho cheirando a sabonete, com os cabelos úmidos e de chinelos. Vestira uma roupa puída toda preta a qual gostava de usar para dormir por ficar bem larga em si. Ao contrário do que desejava caso fosse uma noite comum, não se encaminharia para a cama.

Foi para a sala segurando uma muda de trajes. Amaury o aguardava encarando a janela perdido em pensamentos para conversarem e as pôs em cima da mesa.

Para anunciar sua chegada, apanhou uma cadeira e ergueu o suficiente para bate-la no chão.

Se virou pelo susto descruzando os braços. Torcia para a imagem da drag desvinculada do rapaz permitisse de o diálogo ser mais pacífico.

- Eu não vou conversar com a extensão do Diego. Vou conversar com ele. Não contigo. – essa foi a frase responsável pra se desmontar.

Apenas não esperava a resposta desafiadora:

- Ótimo. Só não espere que será mais fácil por causa disso. Pelo contrário.

O Diego fazia jus ao aviso da artista. Não poderia demonstrar mais frieza.

- Pronto. Estou aqui. – contornou a cadeira para ficarem frente a frente sem obstáculos – O que tem a me dizer de tão urgente? – cruzou os braços erguendo o queixo em orgulho.

- Di, por que está agindo assim?

- Assim como? – piscou franzindo o cenho.

- Indiferente. Distante de mim.

- Não estou indiferente a você. Só não continuo a aceitar que me faça de capacho ao me colocar como segunda opção. Simples.

- Eu não fiz nada, ao contrário de você.

- O que eu fiz de tão condenável? – debochou rolando os olhos em expressão de pura irritação – Anda, logo! – a face endureceu começando a se alterar.

- Fica saindo com esse cara quem sequer gosta.

- Eu saio com o Patrick porque ele não precisa se esconder e nem me esconder. Não é casado ou tem um relacionamento que, curiosamente, trata de omitir socialmente numa genuína prova de como é completamente apaixonado pelo atual. Adoro esse detalhe, aliás. – soltou um risinho ácido em puro escárnio – Nunca me fez me sentir como um imbecil quando, dias depois de transar comigo e dizer que me ama, voltou para o ex. Ex esse quem me trata igual merda por saber que o marido não o ama, mas sim a mim! – a medida em que falava, aumentava o tom de voz beirando a uma crise nervosa e as lágrimas se formavam.

Estava agitado, gesticulando nervoso. Cada palavra saía como veneno pela sua garganta. Precisava expelir aqueles sentimentos para não ser engolido por eles.

Apesar de sair e se divertir, a sensação de peito pesado era quase constante por se calar ao invés de expressar devidamente suas emoções. Estava entalado, cheio de conteúdo aguardando para ser colocado em palavras e proferidos.

- A gente nunca tran... – não poderia estar mais confuso.

- Acorda, Amaury! – gritou sem paciência – Acha mesmo que não aconteceu absolutamente nada quando dormiu aqui em casa depois da festa de encerramento da novela? A gente transou! Foi um dos melhores momentos pra mim, mas, como no dia seguinte você teve a pachorra de não se lembrar de porra nenhuma, achei que teria sido um erro levantar o assunto. Como acha que eu fiquei ao ver a sua foto junto ao Carvarral o beijando dias depois pelo celular?! Um lixo, Amaury. Um lixo! – a essa altura já estava chorando com o rosto avermelhado.

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