Prólogo

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Galera, nova fic minha.

Quando eu tiver uma quantidade legal de capítulos prontos, começo a publicar.

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                Diego estava puto.

Não era um problema consigo, sua família ou seus amigos – é claro, exceto um amigo em questão.

As coisas corriam ótimas para si. Aproveitou a repercussão do casal Kelmiro para investir na sua carreira. Fora escalado para o musical, fora contratado para um programa da Globo, lançara uma música durante a reta final da novela Terra e Paixão no ano anterior, estava na reta final para lançar a próxima música e dava os toques finais para o seu novo show em terras cariocas. Num todo ele estava bem.

A sua chateação tinha identidade, CPF, número de telefone por onde costumavam trocar mensagens, um metro e oitenta de altura, ascendente em Escorpião e um toque afável.

Diferente de Diego Martins, Amaury Lorenzo não soubera usar devidamente a Internet de maneira a lhe proporcionar o crescimento profissional esperado. A sua postura não era a correta e, infelizmente, refletia na forma como não havia tantos trabalhos quanto apareciam para o ruivo.

O moreno não decolara como teoricamente deveria porque sua imagem começara a ser prejudicada. A meia boca seu nome era sinônimo de figura problemática por se envolver em discussões e conflitos desnecessários.

Certa tarde, uma amiga sua do elenco da novela Volta por Cima, comentara com ele em sigilo que os diretores começavam a rever se o personagem Chico continuaria sendo um dos principais em consequência do uso errôneo do ator das redes sociais.

Naquela tarde, Diego refletiu em seu apartamento no Rio de Janeiro sobre a situação desfavorável. Apenas jogou nas redes sociais o vídeo de uma parceria o qual já estava programado. Durante a tarde chuvosa não conseguiu se concentrar nos filmes de terror os quais colocara para assistir na sala. Encolhido no sofá, com seu moletom pelo frio, debaixo da coberta, pensava numa maneira de solucionar esse problema. Até tentava voltar a atenção para Invocação do Mal, mas logo devaneava sobre sua perturbação.

Por fim, num impulso, numa tentativa, inclusive, de dispersar a inquietação, apanhou o celular para enviar uma mensagem para quem jamais pensou entrar em contato. Mal sabia que, ali, dera a continuação a um romance o qual não teve a oportunidade devida de ser vivenciado pelo casal pela época desfavorável para casais gays. Romance, esse, que eles não poderiam se recordar. Apenas tiveram contato no dia que se conheceram no Projac: Diego reconheceu o rosto de Amaury de seus sonhos e Amaury teve um deja-vu ao se deparar com o rapaz, quase sendo capaz de jurar já tê-lo conhecido antes – principalmente quando o cantor se apresentou com um sorriso tímido e um brilho adorável no olhar.


Quinze dias depois Diego e Felipe foram visitar Amaury.

O homem pensou que fosse uma visita amigável apenas para passar a tarde de sábado. Entretanto, não foi o caso.

- Amigo, já cogitou que a sua imagem pública não está favorável e isso está te prejudicando? – sentado no sofá ao lado do moreno, Felipe se concentrava para não gritar.

Afinal, falara isso inúmeras vezes para ele, assim como outros profissionais cujas profissões dependiam do conteúdo estratégico postado nas redes sociais para promover seus trabalhos.

- Eu não consigo ver dessa forma. – preocupado, cruzara as pernas no móvel – Eu busco ser atencioso com todos, trato bem os fãs, me esforço demais no meu ofício. Não vejo nada de mal nisso.

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