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Até o fim do meu trabalho não conseguia para de pensar em Mateo e o seu jeito de agir comigo.

Será que ele estava apenas sendo amigável? Mas amigável de um jeito estranho.

Chego na porta da casa dele e dou duas batidas na porta, e então eu entro.

Ele estava na cozinha preparando dois chás. Ele estava de costas para mim, e consigo reparar que suas costas são bem largas; e ele não era exatamente magro, mas ele tinha muita massa corporal, massa magra.

-Se atrasou.

Ele fala sem se virar.

-Desculpa, problemas no trabalho. - Menti

Eu demorei porque queria vir com uma roupa bonita, um shorts e uma blusa com um leve decote. O que eu estava fazendo, querendo chamar a atenção do padre? Eu sou abominável.

Ele coloca os dois chas em cima da mesa e me sento em uma cadeira.

-Porque você me entregou a Bíblia segunda feira? Você poderia ter me entregado ontem.

Ele chega perto de mim, e sentada, ele parecia ter o dobro da altura que tinha, eu estava cara a cara com o seu abdômen, porém, tinha a camisa por cima, infelizmente. Levanto meu rosto para olhar em seus olhos, ele se abaixa um pouco para me observar também.

-Queria ter certeza de que viria - Ele fala quase em um sussurro.

Me arrepio inteira e sinto meu coração acelerar mais.

-Você tem 22 anos, não é?

Olho assustada pra ele, como ele acertou minha idade?

-Como você adivinhou?

Ele da um sorriso leve e sai de perto de mim.

-Sua mãe fez a inscrição paroquial, dela e sua.

Assenti com a cabeça e pego a bíblia para começarmos logo os estudos.

Ficamos lendo mais algumas citações da bíblia por um bom tempo. Até que ele olha pro relógio, e percebe que já estava quase na minha hora de ir embora.

-Você aprende as coisas muito rápido Ana, é impressionante.

-Obrigada, acho que já vou indo.

Quando pego minha mochila e coloco no ombro, indo em direção a porta, sinto sua mão segurar minha cintura e me puxar pra trás. Acabo esbarrando com ele, que nem se mecheu com o impacto.

Sinto seu hálito fresco perto da minha orelha e comecei a ficar super nervosa. Sinto um calor enorme crescendo em mim, e algo lá embaixo fisgou, nunca havia sentido isso antes. O que tá acontecendo comigo.

-Você pode me ajudar Domingo depois da missa?

Ele começa a tirar meu cabelo do lado do meu pescoço e fico cada vez mais fraca, sinto minha voz falhar.

Ele começa a passar seus lábios pelo meu pescoço.

-Cla.. claro, eu - sinto ele beijar meu pescoço ferozmente e lentamente, e não consigo conter minha respiração, acabo soltando um leve gemido conforme soltava meu ar que estava prendendo até agora- ahh, aajudo simm...

Consigo sentir a sua satisfacao em me ouvir gemer, pois sinto algo duro encostar em mim. O que me percorre vários calafrios.

Tento me soltar dele e vou direto para a porta ofegante, antes de abrir a porta olho para trás, e ele está parado encostado na cadeira me olhando como se pudesse me comer com os olhos.

-Até domingo Ana. - Ele fala sedutoramente.

Só abaixo a cabeça e saio correndo da casa dele.

Chego em casa ofegante e minha mãe olha desconfiada pra mim.

-Aconteceu algo? Você demorou hoje.

Olho surpresa pra ela, tentando disfarçar o que estava sentindo.

-Um cachorro começou a correr atrás de mim, tive que dar meu jeito.

Ela me observa.

-Te mordeu?

Lembro de Mateo beijando meu pescoço.

-Quase.

Pego um copo da água e tomo tudo de uma vez e vou para o banho. Ao me olhar no espelho fico observando meu pescoço, a saliva já tava seca na região. Lavei meu pescoço, mas queria ter deixado assim para sempre.

Perdoai nossos pecadosOnde histórias criam vida. Descubra agora