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-Sábado -

Maria fez um almoço em sua casa e convidou a comunidade toda para almoçar com ela. Minha mãe e eu fomos um pouco antes para ajudar ela.

Conforme as pessoas entravam, íamos cumprimento todos, até que uma pessoa em específico chama a minha atenção.

-Que bom que veio Padre! - Fala Maria feliz correndo para cumprimentar Mateo.

Olho para ele enquanto seco um copo e deixo-o em cima da bancada.
Ele volta seu olhar pra mim enquanto Maria conversava com ele, sinto o calor crescendo conforme seus olhos ficavam fixos nos meus.

-Ola senhoritas - Ele fala pra mim e para minha mãe.

Maria conduz ele até ao jardim, onde todos estavam aguardando o almoço.

-Como está sendo os estudos com ele, acho que ele gosta da sua presença. - fala minha mãe

-Ah sim, está indo bem! Ele é uma pessoa muito boa!

Falo meio sem jeito.

Assim que a comida estava posta na mesa, e todos estavam sentados em seus lugares na enorme mesa de madeira nos quintais dos fundos de Maria, o Padre Mateo se levanta r faz uma oração.

-E perdoe nossos pecados...- ele levanta sua cabeça e fica olhando fixo para mim com um leve sorriso- Amém.

Todos repetiram amém, e ele continuou em pé me observando, desvio o olhar e procuro alguma comida que me interessa primeiramente para pegar.

-Sua cor favorita é azul?

Levanto meu olhar para cima e vejo Mateo me observando com um olhar suave. Minha mãe ao meu lado que havia acabado de comer, se levanta, e Mateo se senta no lugar dela.

Eu tomo um gole de suco antes de responder a pergunta totalmente aleatória.

-Sim, é relaxante.

-Combina com você!

Olho para ele com um sorriso leve.

-E a sua?

-Vermelho, consegue ter vários significados, para cada ocasião.

-Interessante.

Ele me observa um pouco e respira um pouco antes de falar algo novamente.

-O que você gosta de fazer.

Surpresa com sua pergunta, para um segundo para pensar no que responder.

-Bom, eu gosto de ler livros, ver filmes e séries, correr...

-Também gosto de cardio.

-... gosto de cozinhar também.

-Tem cara de que cozinha bem.

-Eu tenro dar o meu melhor - falo dando uma risada.

Ele acompanha minha risada leve e continua me observando fixamente.
Ele iria perguntar mais coisas, porém alguém chama ele.

-Ate logo.

Apenas dou um sorriso leve para ele; que se levanta e vai em direção da pessoa.

Após o almoço, meu celular descarrega totalmente e vou para minha casa colocar para carregar.

Vou para cozinha e tomo um copo da água, assim que me viro vejo uma figura parada encostada na porta, que era exatamente do tamanho da porta, dou um pulo de susto e quase deixo o copo cair.

-Calma, não sou uma assombração - Mateo fala rindo vindo na minha direção

-Caramba, quase me mata do coração.

Falo colocando o copo na pia e indo em direção ao meu celular.

-O que veio fazer aqui?

Ele me observa passando a mão na estante da sala.

-Vim te fazer companhia.

Ele pega um quadro que estava na estante e observa bem, e vira para mim.

-Era você aqui?

Vou correndo em sua direção e tiro o quadro da sua mão e coloco virado ao contrário na estante.

-Era...

Me viro e vejo que estamos centímetros de distância.

-Continua bonita...

Ele fala devagar e fraco. Ele tira uma mecha de cabelo do meu rosto.

-Desde o dia que você apareceu naquela igreja... me chamou muita atenção.

Ele fala percorrendo seus dedos pelo meu pescoço.

-Com o seu jeito encantador...

Ele puxa minha cintura e começa a beijar meu pescoço, como fez da última vez.

-Padre... - Suplico em um sussurro

Ele para de me beijar e chega perto da minha orelha, ainda segurando minha cintura.

-Quer que eu pare?

Eu sinto calafrios pelo meu corpo inteiro; sinto seu corpo enrijecer conforme eu demorava mais para responder. Ele se afasta e solta a mão da minha cintura e da um passo para trás e vira de costas; estava indo embora.

-Não

Falo desesperadamente, mas descente ao mesmo tempo. Com a respiração muito ofegante.

Ele se vira e fixa seus olhos na minha boca e corre na minha direção como um leão prestes a atacar.

Ele gruda sua boca na minha e me beija ferozmente enquanto puxava cada vez mais minha cintura pra perto dele.

Sua língua cada vez mais rápida em busca da minha; um beijo desesperado se tornando quente a cada segundo.

Ele abaixa sua mão até minha coxa e vai subindo devagar e aperta a minha bunda enquanto a sua outra mão agarra meu pescoço.

Uma mistura de sentimentos que eu não consigo explicar e seu beijo abafou meu gemido leve.

Minhas mãos cada vez mais apertando seus cabelos e quanto mais eu arranhava as suas costas, mais ele intensificava o beijo.

Eu já estava completamente sem ar, até ele me soltar, e ficar me observando, nós dois ofegantes; mas não era o suficiente.

Puxo seu pescoço e o beijo novamente, e ele continua com a mesma ferocidade que antes. Queria sentir ele mais, cada vez mais.

Ele começa a subir sua mão da minha coxa para dentro da minha saia e...

-ANAA!

Nos desgrudamos na mesma hora, eu tento ajeitar meu cabelo o melhor que pude até minha mãe aparecer e se espantar ao ver o padre em nossa casa.

-A Oi Padre; bem vindo a nossa casa.

-Estava mostrando a ele nossas fotos de antigamente.

Minha mãe da um feliz surpreendente e logo me questiona.

-Você sabe onde eu deixei as flores que ia entregar a Maria?

-Estão lá em cima!

Aponto para ela. Que agradece e sobe rapidamente as escadas e logo em seguida aparece com um vaso de flores.

-volta logo para lá, a Maria está te procurando.

Ela fala olhando para mim e da um sorriso.

Não rolou mais nada entre eu e Mateo; apenas saímos quietos logo em seguida.

Perdoai nossos pecadosOnde histórias criam vida. Descubra agora