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Domingo perto do horário da missa, eu desisto de ir. Então minha mãe vai sozinha e eu decido ir fazer uma caminhada.

Coloco um shorts e um top e vou dar uma caminhada pelo bairro, realmente, uma cidade muito pacata e reconfortante.

Quando estava voltando para casa percebo que a missa havia acabado, as pessoas estão saindo da igreja e acabo encontrando com minha mãe na porta .

-Oi, como foi hoje?

-Muito interessenta, uma pena você ter perdido.

Ela fala sorrindo, quando deparo atrás dela, estava o padre parado me encarando, Mateo. Acho que não estava feliz que não estive presente.
Apenas aceno para ele de longe e ele só dá um sorriso leve e volta para dentro da igreja.

-Mãe, eu já volto, me espera aqui.

Ela só assenti e vai conversar com Maria.

Entrando na igreja só havia mais umas 3 pessoas perto da porta de saída, em busca de Mateo, já sabia que ele estava lá em sua sala. E vou adentrando na igreja.

Bato na pontinha antes de entrar, mesmo sabendo que ela estava aberto.

Eu vou empurrando a pontinha de leve e ele estava apoiado na parede, não estava mais com a roupa de Padre, estava parado me encarando com aquelas roupas sociais pretas irresistíveis.

-Oi, eu queria vir me desculpar, por não ter vindo te ajudar hoje...

Ele continua me encarando, de cima a baixo.

-No final da missa.

Ele se aproxima de mim, dou uns passos para trás e ele simplesmente apoia seu braço na porta, me prendendo de um lado, fazendo a porta se fechar. Olho para a porta de relance, mas não estava surpresa.

Ele coloca seu dedo debaixo do meu queixo, trazendo meu rosto de encontro com o seu, seus olhos brilhavam.

-Não acha que está se tornando uma pecadora; Sr. Ana?

Comeco a respirar mais fundo conforme seus olhos me encaravam.

-Aliás, gostei da roupa.

Ele olho pra baixo molhando seus lábios.

Mas não dessa vez Ana. Não se deixe levar.

Tento recompor a minha voz e falo seria.

-Tenho que ir; minha mãe me aguarda. Te vejo na quinta?

Ele só sorri para mim. Me viro de costas para ele e abro a porta. Mas ele ainda estava segurando ela.

Ele chega perto da minha orelha e sussura.

-Até quinta Ana.

Consigo sentir o sorriso em seus lábios. Ele solta a porta e consigo sair da salinha. Sem olhar para trás, sai da igreja e encontrei com minha mãe novamente.

Eu; Maria e minha mãe, voltamos para casa juntas.

Perdoai nossos pecadosOnde histórias criam vida. Descubra agora