CREEP - 03

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— NÃO SEJA UM LEITOR FANTASMA.

2009

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2009

Corro sem parar até adentrar uma mata onde sua moto não entraria com facilidade, por segundos penso ter o afastado, mas ao olhar para trás novamente eu vejo que não estava sozinha. Aquele homem me seguia de pressa, ele estava com mais disposição que eu, já que enquanto eu corria, ele estava em sua moto. As gotas de água que caiam do céu começaram a encharcar meu corpo, e assim meus pés ficam ainda mais desacelerado até que sinto aquelas mãos grandes e frias segurando meu corpo, e impulsionando para trás, me fazendo parar completamente.

Naquele momento eu não consigo chorar, meus olhos fixam em seu olhar, mas meu corpo falava mais que mil palavras. Eu estava tensa, estática, sem reação para tal imagem que estava em minha frente. Seu capuz cobria seu cabelo, e sua máscara cobria seu rosto, apenas seus olhos e mãos estavam em meu campo de visão. As gotas de água rolavam por sua máscara, fazendo daquele momento o mais melancólico possível.

— mais que coelhinha travessa — aquela voz.

porra.

Aquilo me dava calafrios, ao mesmo tempo que me faz querer desmaiar para não sentir quando ele resolver me matar de uma vez,aquela voz tranquila de quem sabia exatamente o que estava fazendo. Por um momento de euforia eu tento tirar sua máscara, ou até mesmo machucar ele de alguma forma, mas ele segura firma meus punhos e me empurra contra uma árvore. Ele pressiona seu corpo alto contra o meu, aproxima seu rosto de minha clavícula e respira fundo, como se sentisse meu perfume, mas na verdade não, ele só sentia o cheio do meu medo.

Em um movimento rápido vejo ele pegar uma lâmina do bolso de sua calça e logo em seguida sinto minha pele rasgar, meus pulsos sendo mutilados sem dó ou piedade, o que me fez ter a reação do grito e meu corpo cai sobre o chão enquanto eu tento estancar meu sangue, mesmo que seja inútil.

— não foi tão fundo, pare de chorar e corra. O mais rápido que puder coelha branca — sem pensar duas vezes eu levanto e continuo a correr, a chuva foi cessando mas minha dor não.

30/10/2010

Acordo aterrorizada pelo pesadelo que tive durante a noite, durante esses últimos três dias eu não parei, por um minuto se quer, de pensar no homem sem rosto. Aquela carta que recebi também não ajudou muito, e estou a cada dia mais paranoica, não deixo as portas abertas, não saio depois das cinco da tarde.

Estou planejando em ir para a casa do meu pai hoje mesmo depois que sair da aula, e já faz umas semanas que não vou o visitar, pelo menos eu mato dois coelhos com uma cajadada só. Não vou ficar esperando aquele maluco vir até aqui me matar, hoje é a festa de virada para o Halloween, por ser sexta-feira a festa vai durar até o dia amanhecer.

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