CREEP - 07

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— NÃO SEJA UM LEITOR FANTASMA.

Eu odeio ter minha privacidade invadida, quando querem saber mais do que devem sobre minha rotina e gostos pessoais

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Eu odeio ter minha privacidade invadida, quando querem saber mais do que devem sobre minha rotina e gostos pessoais. E,principalmente, quando mexem no que me pertence.

Entro em meu dormitório no campus que divido com meu irmão, mesmo não fazendo o mesmo curso, ainda sim resolvemos dividir o quarto no campus para não ter problemas com pessoas estranhas. Mas acaba que ele me dá mais problema que qualquer outro ser vivo. Ao entrar no quarto me deparo com minha cama desajeitada, o que já me fez ficar furioso, mas ao perceber que minha máscara havia sumido meu sangue ferveu em questão de segundos.

Bill obviamente estava na festa idiota que está rolando aqui perto do campus, a última festa de Halloween do ano de dois mil e dez. Saio do dormitório pisando firme, meu objetivo era encontrar Bill e estraçalhar seu nariz fidalgo. Entro no carro que uso para me locomover no dia a dia e acelero o mais rápido possível para o local da festa.

Aquela máscara carrega a história da nossa família, ela carrega a dor e o sangue. Fiz ela na semana da minha primeira caçada, aos dezesseis anos, em uma tarde de sexta-feira. Lembro como se fosse hoje, a primeira vez que senti o poder na palma de minhas mãos,quando estrangulei uma pessoa pela primeira vez. Nosso sonho desde pequenos foi participar da caçada, e quando nosso padrinho que consideramos como pai disse que iríamos poder participar aquele ano, nós automaticamente começamos a nos preparar.

Lembro como se fosse hoje. Meu irmão estava afobado, correndo pelos corredores da mansão mais aterrorizante de toda Alemanha, enquanto eu apenas caminhava com calma, até porque eu sabia que minha presa não iria sair daqui mesmo se tentasse. Escutei os gritos vindo do corredor do andar de cima, assim, me dando a resposta. Eu subi as escadas um pouco mais rápido, e a cada passo que dava meu corpo ficava quente e minha mente ansiosa.

Eu nunca havia me sentido daquele jeito antes.

Mas hoje isso se tornou normal, e ao decorrer dos anos a caçada compartilhada já não me dava tanta empolgação. Foi quando no auge dos meus vinte anos eu decidi sair pelas ruas atrás da minha própria caçada, foi quando vi a loira com o rosto mais angelical que já havia visto. Aquela noite mexeu comigo, e eu sabia que queria repetir isso, com ela.

Chego na festa que meu irmão estava e estaciono meu carro, logo saio e vou entrando. Ao pisar meus pés dentro daquele  evento idiota, eu vejo Schäfer e meu ex cunhado, Listing. Os dois usavam máscara, mas eu os reconheci justamente por isso. Vou diretamente falar com eles, e em poucos minutos de conversa Gustav me convence a sair um pouco daquele local, eu realmente estava muito alterado e só queria matar meu irmão. Georg foi o chamar enquanto eu e Gustav estávamos esperando perto de onde estacionei meu carro.

Gustav: como foi a caçada desse ano? — ele me pergunta tirando sua máscara e pegando um cigarro — tá afim? — ele me oferece, mas eu recuso já que nunca coloquei porcarias como essa na boca.

CREEP - Tom kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora