Todas as Cartas Que Eu Nunca Enviei | Pablo Marçal e Tábata Amaral

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Querido Pablo Marçal,

Esta é, sem dúvida, uma das cartas mais difíceis que já escrevi. Meu coração está em pedaços enquanto cada palavra se forma na minha mente e, agora, no papel. Durante tanto tempo, esperei por um sinal teu, uma fagulha que demonstrasse o que meu coração ansiava ouvir. Tentei decifrar tuas palavras, teus gestos, teus olhares... e me perdi em meio a esse labirinto de incertezas.

É com um peso no peito que te digo: estou cansada. Cansada de esperar, de imaginar, de criar esperanças que acabam por despedaçar meu coração toda vez que sou ignorada. Eu me recuso a continuar sofrendo, esperando por algo que talvez nunca venha. Esta carta não é apenas uma despedida, mas também uma libertação de minhas próprias amarras emocionais.

E, em meio a esse turbilhão, encontrei alguém que sempre esteve ao meu lado. Alguém que me tratou com carinho, que me ouviu, que vibrou com as minhas conquistas e compartilhou meus sorrisos. Ele me mostrou que o amor pode ser gentil, que não precisa ser essa montanha-russa de inseguranças e incertezas. Decidi dar uma nova chance ao amor, mas desta vez, com alguém que já provou que merece meu coração.

Mas não pense que esta decisão foi fácil. Não é. Meu coração ainda está partido, e ficará ainda mais ao te ver me ignorar novamente. Será que algum dia percebeste o quanto me importava? Será que algum dia sentiste o mesmo, mas deixaste o medo ou a incerteza te calar? Essas perguntas vão ecoar na minha mente, mas preciso seguir em frente. Preciso me permitir ser feliz, mesmo que isso signifique que nosso caminho se separa aqui.

Espero que, um dia, tu encontres alguém que faça teu coração bater mais forte, alguém que te ame da mesma forma que eu tentei estar do seu lado.

Desejo-te o melhor, de todo o coração, mesmo que isso signifique que nossas estradas agora se distanciam. Que possa encontrar a felicidade que tanto busca, e que, de alguma forma, eu também encontre a minha.

Com carinho, Tábata.