Capítulo 13 - cri de coeur

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Havia se passado um mês desde o acidente de Regina. Ela já conseguia controlar sua respiração sem ajuda de aparelhos e começou a se alimentar, claro, com alguma ajuda.

Os médicos decidiram que continuar o tratamento em casa ajudaria Regina a evoluir mais rapidamente. Por conta disso, Emma passou o fim de semana montando o quarto de Regina no andar de baixo, para que ela não precisasse se preocupar com escadas.

O escritório havia sido transformado em uma sala de fisioterapia, e Emma instalou barras de suporte nos banheiros e na cozinha. Ela queria que Regina entendesse que aquela ainda era sua casa e que poderia acessar as áreas de que precisasse.

Claro, Regina ainda não se movimentava completamente, mas Emma acreditava que, um dia, tudo voltaria ao normal. E, mesmo que não fosse igual, elas iriam superar juntas.

— Regina, querida, você pode ficar conosco. Não vai ser um problema — disse Cora.
— Mamãe, por favor, já conversamos sobre isso. Eu quero ir para casa. Emma vai estar lá, a enfermeira também. Tudo vai ficar bem — disse Regina, cansada. Sua aparência ainda era meio pálida, embora a melhora em seu rosto fosse visível. Ela não estava 100%.

— Pronta? — perguntou Emma. Regina assentiu, e a loira empurrou a cadeira para fora do quarto em direção ao elevador. Elas rapidamente chegaram até a recepção do hospital, onde Zelena terminava de colocar as bolsas de Regina no porta-malas do carro de Emma.

Regina respirou fundo, e Emma beijou delicadamente seu rosto.
— Pronta?
— Sim — disse Regina. Emma, devagar, a pegou nos braços e a colocou no banco do carro. Ela notou uma leve expressão de desconforto no rosto da morena. Emma deu a volta e se sentou no banco do motorista.

Regina respirou fundo, tocando o couro do banco do carro de Emma. Era como se estivessem tentando fazer tudo voltar ao normal.
— Liguem se precisarem — disse Cora, acenando pela janela.
— Vamos sim — respondeu Emma, sorrindo, e ligou o carro, começando a dirigir. Regina estava silenciosa, extremamente. Seus olhos focados na estrada.

Emma deslizou a mão devagar pela coxa da mulher e se sentiu idiota, pois se esqueceu, por um momento, que Regina não estava sentindo seu toque.
— Amor, está tudo bem? — perguntou Emma. O rosto de Regina se virou para ela.
— Acho que me perdi nos pensamentos...
— Se quiser conversar...
— Eu estava pensando... se nosso bebê estivesse vivo, ele já teria 70% de sua estrutura óssea formada neste momento.

Emma respirou fundo. As coisas foram tão intensas que ela nem se deu tempo para viver o luto pela perda do filho delas. E agora parecia o momento.
— Eu sinto muito, Gina...
— Não é sua culpa... você também perdeu um filho.
— Vamos superar isso — disse a loira, segurando a mão de Regina. Ela notou que Regina fez um leve esforço para apertar sua mão, mas conseguiu apenas que seus dedos se soltassem. Emma apertou a mão e a beijou devagar.

Emma parou o carro na garagem. Debrah, a enfermeira de Regina, já estava instalada na casa havia duas semanas. Debrah seria quem ajudaria Regina no dia a dia. Claro, Emma estaria ali o quanto pudesse, e aos fins de semana em horário integral.

Mas certamente a enfermeira seria de grande ajuda. Deb havia começado a cuidar de Regina ainda no hospital, então foi a escolha mais óbvia quando Regina recebeu alta.

Emma retirou a cadeira de rodas e colocou Regina sentada nela, empurrando-a para dentro da casa. Já havia uma rampa para facilitar a entrada. Assim que a porta se abriu, Lola correu até Regina e usou as duas patas para se jogar no colo da mulher.
— Lola, Lola, devagar! — disse Emma, segurando a cadela pela guia. Lola estava extremamente feliz. Regina tocou um pouco o pelo da cabeça de Lola, mas não teve força suficiente para levantar o braço.

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⏰ Última atualização: Oct 09 ⏰

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