Puissance

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Finalmente meus olhos se abriram, minhas pálpebras eram puxadas para baixo toda vez que eu piscava, minha visão embaçada melhorou depois de 5 segundos piscando com força, uma dor de cabeça insuportável veio em seguida, meus olhos doíam, junto uma dor no ouvido e uma coceira forte no nariz. Algumas cordas amarradas em meus braços junto com a maca me impediam de levantar, consegui erguer apenas a cabeça, o homem que injetou aquela injeção no meu braço estava lá, eu conseguia ver nitidamente o algodão de seu jaleco branco, suas lentes de contato, e o suor que pingava de seu nariz.

 - Como ela esta viva? - Essa frase estava sendo bastante repetida.                                                                          Varias conversas agrediam meus ouvidos fazendo com que eu nem as entendesse, porém, haviam poucas pessoas na sala, não fazia sentido todo aquele barulho. Cheiros horríveis passavam pelo meu nariz.

 - Consegue me ouvir? - Disse o homem do jaleco apontando para suas orelhas.

 Fiz que sim com a cabeça, todas as minhas veias doíam sempre que eu me mexia.

 - Eu sou Dr. Johnson - Disse ele gentilmente - Como é o seu nome? 

 - Me sequestra e não sabe meu nome?  - Disse com a voz tremula, uma dor terrível em minha nuca causava esse efeito. 

 - Entendo sua raiva, mas quanto menos você se alterar menos dor sentirá.

 - Oque fizeram comigo ?
 - Você foi usada para uma experiencia, para a minha surpresa você sobreviveu ao veneno injetado em sua veia.
 - O veneno da Aranha de Richard Parker certo? 

 Ele me olhou assustado por eu saber dessa informação.

 - Eu sei aonde estamos.

 - Sabe?

 - Esse cheiro horrível de química só pode vir de um lugar. 

 Dr. Johnson me olhava com o olhar duvidoso.

 - OSCORP. - Disse enquanto tentava me soltar.

 - Não vai conseguir sair.

 - É claro que não. - A dor na nuca aumentava a cada segundo.

 - Como se sente?

 - Vai se ferrar

 - Já disse, quanto menos se alterar melhor. 

 Dr. Johnson se retirou, e os mesmos caras enormes de terno preto seguraram meus braços e cobriram meu rosto com aquele pano preto mais uma vez. Dessa vez eu vi a trajetória inteira pelos espaços que as linhas deixavam no tecido, eram apenas corredores, o caminho inteiro, apenas enormes corredores cinzas, iluminados, e frios.

 A porta se abriu graças a um cartão inserido no sistema, era a mesma sala branca de antes. Eles tiraram o pano do meu rosto e me jogaram para dentro da sala, com a intenção de me apagar um dos guardas preparou o punho e veio em minha direção, o soco vinha sobre meu rosto com velocidade mas, segundos depois me vejo segurando seu punho para baixo, com meu braço direito.

 - O que?.... - Disse um dos guardas assustados.

 - Parece que o brinquedinho de vocês me deu alguma vantagem. - Disse ironicamente e em seguida um sorriso de canto.

 Ele mostrou ter ignorado minha ação e saiu batendo a porta com força. A sensação de pânico me dominava cada vez mais, controla-la estava sendo um grande desáfio e um ótimo passatempo e aquelas quatro paredes brancas me mostraram tudo o que eu fiz, o que eu não fiz, o que eu podia estar fazendo e o que iria fazer, eu não sabia o que iam fazer comigo, não sabia se iam fazer algo e nem se iam me deixar viva. Eu andava de um lado para o outro, tentava ouvir algo mas, depois de tanto esforço em fazer algo que acabou sendo inútil, me encontrei debaixo do cobertor que havia na cama porém eu não estava nela, estava no vão que havia entre a cama e a parede como se estivessem me deixado lá no chão depois de me torturarem... é, foi exatamente isso.


Ravena (Irá mudar um pouco)Onde histórias criam vida. Descubra agora