𝑰𝑴𝑨𝑮𝑰𝑵𝑬𝑺 (𝑫𝒆𝒖𝒔𝒆𝒔 𝒈𝒓𝒆𝒈𝒐𝒔)

🏛️Poseidon🏛️

A lenda de S/N, a ninfa do mar, ecoava pelos reinos dos deuses e dos mortais. Diziam que sua beleza era incomparável, sua presença irresistível, e seus encantos, poderosos o suficiente para cativar até os mais obstinados. Mortais, pescadores, e até navegadores experientes se perdiam nas águas do sul apenas para vislumbrar sua silhueta esculpida pelas ondas. Alguns afirmavam que os próprios deuses eram vulneráveis a ela, mas Poseidon, o grande senhor dos mares, duvidava disso. Afinal, quem poderia enfeitiçar o próprio deus do oceano?

Curioso e incrédulo, Poseidon decidiu descer até os mares do sul para ver com seus próprios olhos. Montado em seu poderoso tridente, ele cortou as ondas, o coração firme e determinado a provar que ele, o soberano das profundezas, não sucumbiria a encantos mortais.

Ao chegar, as águas começaram a brilhar com uma luz suave, como se o próprio mar estivesse saudando a chegada de algo divino. E lá estava ela. S/N emergiu das profundezas, o corpo esguio e perfeito, os cabelos longos e sedosos, adornados por pequenas pérolas que pareciam capturar a luz do sol. Seu sorriso era tão hipnótico quanto as marés, e seus olhos brilhavam como o azul mais profundo do oceano. Poseidon, que inicialmente havia vindo com uma postura de indiferença, sentiu algo dentro de si mudar. Um calor subiu por sua espinha. Ela era... mais do que ele imaginara.

S/N não demonstrava nenhuma surpresa ao ver Poseidon. Ela havia ouvido os rumores sobre o senhor dos mares, e sua aura imponente era inconfundível. Ela sorriu com suavidade, seus lábios curvando-se como as ondas que o cercavam. "Então o próprio Poseidon veio me ver", disse ela, com a voz melodiosa como o canto das sereias.

"Eu ouvi falar de seus encantos, ninfa", Poseidon respondeu, tentando manter sua autoridade, mas sua voz falhou ligeiramente, traindo a atração que começava a sentir. "Mas sou o senhor deste domínio. Não há força que possa me subjugar."

S/N nadou ao redor dele, os dedos roçando a superfície da água, criando pequenas ondulações. "Não estou aqui para subjugá-lo, meu senhor", ela disse suavemente, seus olhos brilhando com malícia. "Mas se os deuses são suscetíveis aos encantos do mar, quem sou eu para negar-lhes isso?"

A cada movimento, a cada palavra, Poseidon sentia o controle escapar por entre seus dedos. Ele, o governante indomável das marés, estava agora completamente enredado na beleza de S/N. E isso o irritava. Como poderia ser? Ele se viu, em um misto de fascínio e frustração, desejando mais da presença dela.

Nos dias que se seguiram, Poseidon voltou ao sul repetidas vezes, incapaz de tirar S/N de sua mente. Ele a observava dançar entre as ondas, sua risada cristalina ecoando nas cavernas submarinas. Tentou resistir, tentou se afastar, mas quanto mais ele lutava, mais forte o desejo crescia.

Finalmente, numa noite em que o céu estrelado se refletia nas águas escuras, Poseidon não pôde mais ignorar o que sentia. Ele emergiu das profundezas diante de S/N, os olhos ardendo com uma paixão que ele mal podia controlar.

"Você me venceu", ele disse, a voz rouca. "Eu sou o senhor dos mares, mas diante de você... sou apenas um homem. Não posso mais lutar contra o que sinto."

S/N olhou para ele, seus olhos refletindo o brilho das estrelas. Ela não esperava ouvir isso do deus que governava as águas. Por um momento, hesitou. Mas havia algo em Poseidon, uma força bruta, uma intensidade que despertou nela uma chama inesperada.

"Se é assim, então não há por que lutar," ela respondeu, aproximando-se. Seus dedos delicados tocaram o rosto de Poseidon, e naquele instante, as águas ao redor deles pareceram parar, como se o próprio oceano estivesse segurando a respiração.

Com o tempo, S/N percebeu que havia algo mais em Poseidon do que sua imensa autoridade. Ele era intenso, devotado, e sua força era igualada apenas pelo desejo sincero que tinha por ela. Aos poucos, ela se rendeu a seus próprios sentimentos, e o que começou como uma atração superficial se transformou em uma paixão avassaladora. Ela, a ninfa dos mares, e Poseidon, o deus dos oceanos, tornaram-se inseparáveis, suas almas entrelaçadas como as correntes eternas do mar.

E assim, a lenda de S/N cresceu ainda mais, não apenas como a ninfa que encantava mortais e deuses, mas como aquela que conquistou o coração do próprio Poseidon, o soberano das profundezas.