sentimento...

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continuação : Rebekah Mikaelson

Enquanto Nicholas se afastava, fiquei observando a carta em minhas mãos. Era um gesto tão anacrônico, mas de alguma forma, adequado para ele. Caroline iria adorar aquilo ou se sentir desconcertada, como sempre ficava com qualquer coisa que fugisse do controle.

Respirei fundo, tentando ordenar meus pensamentos. Estava envolvida em algo muito maior do que uma simples visita a um museu. A semelhança entre Nicholas e Klaus era assombrosa, e eu sabia que Bonnie estaria em busca de respostas. Mas a verdade é que eu temia o que poderia encontrar.

Quando voltei para onde Caroline e Katerina estavam, a loira me olhou com uma mistura de curiosidade e alívio.

— E então? — perguntou ela, sempre direta.

— Ele pediu para te entregar isso — falei, entregando a carta com um sorriso que tentava ser despreocupado.

Caroline olhou para a carta como se fosse um enigma, e seu rosto expressou exatamente o que eu esperava: confusão. — Ele realmente escreveu uma carta? — Caroline balançou a cabeça, incrédula. — Que homem estranho... mas intrigante.

Eu sorri, sabendo que, mais uma vez, estávamos sendo puxadas para algo que nem começamos a entender.

e talvez Caroline depois de 30 anos, volte a amar de novo. Ela merece depois de ter perdido o Stefan e o Klaus.

☆☆☆

Caroline Forbes

Observei Rebekah se afastar, seus passos acelerados rumo à saída. A tensão estava estampada em seu rosto, mas quem poderia culpá-la? Ver Nicholas — ou, pelo menos, alguém que lembrava Klaus — trouxe à tona uma série de emoções enterradas que nem ela sabia como lidar. Eu também não sabia.

Enquanto eu tentava processar o que havia acabado de acontecer, peguei a carta que ela deixou comigo. A simplicidade do envelope contrastava com o peso do que ele provavelmente significava. Meu nome estava escrito em letras firmes, quase formais. Suspirei, guardando-o na bolsa para abrir depois. Tinha certeza de que não estava pronta para lidar com mais surpresas naquela noite.

A sala do museu estava lotada de crianças, todas sujas de tinta, correndo de um lado para o outro. Aquele caos organizado parecia trazer uma tranquilidade inesperada para mim. Katerina, que até então estava tão distante, estava rindo com uma felicidade que eu quase não reconhecia. Ela, como nós, sempre foi diferente, sempre carregou o fardo de ser uma duplicata, mas agora, cercada por outras crianças, parecia se encaixar pela primeira vez.

Foi então que Nicholas se aproximou de mim novamente, o mesmo sorriso calmo e cativante. Seus olhos, no entanto, tinham algo mais. Eles pareciam pesarosos, como se carregassem um fardo que ele escondia muito bem. Ou talvez fosse só minha mente me enganando, buscando semelhanças onde eu não deveria.

— Caroline, você está bem? — Sua voz era suave, quase hesitante.

Eu queria rir. Como eu poderia estar "bem" em meio a tudo isso? Encontrei um homem que lembrava meu passado mais doloroso, Katerina finalmente parecia feliz, e agora uma carta misteriosa repousava na minha bolsa. Eu não tinha nem ideia do que estava acontecendo.

— Estou... confusa — confessei, talvez pela primeira vez em muito tempo, deixando transparecer minha vulnerabilidade. — Você... me lembra alguém.

Nicholas inclinou a cabeça levemente, parecendo tentar desvendar o que eu estava sentindo. Mas ele não perguntou. Apenas ficou ali, esperando que eu continuasse, respeitando meu tempo.

𝗜𝗺𝗽𝗼𝘀𝘀𝗶𝗯𝗹𝗲 𝗹𝗼𝘃𝗲Onde histórias criam vida. Descubra agora