𝗜𝗺𝗽𝗼𝘀𝘀𝗶𝗯𝗹𝗲 𝗹𝗼𝘃𝗲

malditas bruxas!

"As sete maravilhas do mundo têm inveja do seu sorriso, pois você, em si, as deixa admiradas por tamanha beleza.

Você me deve um encontro.

Nicholas M."

Caroline Forbes

Meu peito apertou ao ler aquelas palavras, tão típicas de Niklaus, mas desta vez assinadas por Nicholas. Eu sabia que os dois não eram a mesma pessoa, mas a conexão entre eles era inegável. Algo sobre Nicholas me puxava de volta para os dias em que Klaus me fazia promessas que eu não podia cumprir, para um amor que queimava com a intensidade de mil sóis. E agora, aqui estava Nicholas, ecoando aquele sentimento, ou algo muito parecido.

Rebekah entrou no quarto, interrompendo meus pensamentos, sua mala pronta.

- Está tudo bem? - perguntou, vendo meu rosto levemente molhado pelas lágrimas que eu tentava esconder.

- Só... lembranças - murmurei, dobrando a carta cuidadosamente e guardando-a na bolsa.

Ela me observou em silêncio por alguns segundos antes de se agachar ao lado de Katerina e a abraçar com força.

- Você sabe que estamos em tempos diferentes agora, certo? - disse Rebekah, enquanto levantava. - O que quer que esteja assombrando você, essas bruxas, ou até mesmo o passado, você tem a mim, suas filhas, Hope... e a ele.

- Nicholas? - perguntei, meio descrente.

Rebekah sorriu de lado.

- Ele é mais parecido com Nik do que você imagina, e talvez isso não seja uma maldição.

Meus olhos caíram sobre Katerina, que agora brincava distraída no tapete do hotel. Não importava o que o futuro trouxesse, eu sabia que tudo que importava para mim estava ali, naquela pequena figura inocente, na minha família em Mistic Falls, e se algo colocassem elas em risco eu resolveria sozinha. E, pela primeira vez em muito tempo, uma decisão difícil começava a se formar na minha mente.

- Vou mandar Katerina com você, Rebekah. Apenas por alguns dias, só tomem cuidado - declarei finalmente, respirando fundo. - Até resolver isso.

Respirei fundo, vai ser difícil linha neta aceitar. Personalidade muito forte, vai ficar possivelmente chateada.

- Avise a Hope e a Josie que, assim que puder, voltarei. Falarei com a Bonnie e ver o que faço com essas bruxas - falei, e Rebekah assentiu.

- Qualquer problema, qualquer mesmo - ela se aproximou, pousando a mão em meu ombro - me liga, que eu volto, nem que seja correndo ou nadando. Não se perca nos seus próprios pensamentos, Caroline. Não se mate sozinha.

Assenti, com o peso da preocupação dela, e comecei a pegar as coisas de Katerina. Ela chorava, implorando para ficar, e meu peito se apertava com a dor de ter que mandá-la embora. Eu sabia que, mesmo sendo uma vampira forte e tendo aprendido alguns truques de magia ao longo dos anos, ela não estaria segura comigo. Não era o suficiente. Nunca era.

Deixei-as no aeroporto. Katerina só se acalmou depois que deixei meu casaco com ela, sentindo meu cheiro, e acabou adormecendo nos braços de Rebekah. O último vislumbre que tive antes de me afastar foi o rosto sereno da minha neta, mergulhada no sono, alheia ao perigo que rondava nossas vidas.

Assim que saí do aeroporto, o vazio que Katerina deixou parecia se expandir em mim. Eu sabia que a escolha certa havia sido feita, mas isso não tornava as coisas mais fáceis. Respirei fundo e puxei o celular do bolso, discando o número de Bonnie. Precisava falar com ela, entender mais sobre as bruxas que estavam atrás de mim.

- Caroline? - A voz de Bonnie soou do outro lado, seu tom sempre calmo e direto.

- Bonnie, eu preciso da sua ajuda. - A minha voz saiu mais urgente do que eu pretendia. - Eu acho que essas bruxas estão atrás de mim. Para proteger Katerina, mandei ela com Rebekah para New Orleans, mas... eu preciso de mais informações, preciso de você. Estou sentindo uma dor de cabeça frequentemente, e apareceu uma marca estranha no meu braço.

Houve uma breve pausa, e eu sabia que Bonnie estava analisando tudo, como sempre fazia.

- Essas bruxas... têm sido mencionadas em alguns círculos, mas nada concreto ainda. Se estão te caçando, é provável que estejam buscando algo mais. Você tem alguma ideia do que pode ser? algum objeto? Alguma conexão antiga, talvez? Os ancestrais estão quietos demais esses dias.

- Talvez, mas nada faz sentido. Sabe como é... nossas vidas nunca foi muito linear. Mas o que eu sei é que elas são poderosas. E eu sinto que estão mais perto do que nunca - respondi, tentando organizar meus pensamentos.

- Certo, vou reunir o que posso aqui em Salem e vou te encontrar o mais rápido possível. Fique atenta, Caroline. Se elas estão atrás de você, provavelmente é por algum motivo grande. - Ela ficou em silêncio e ouvi uma voz no outro lado da linha.

- Quem está com você aí? - Perguntei maliciosa, ouvi ela pigarrear.

-Tchau Caroline! Até depois - sorri quebrando a tensão.

- Obrigada, Bonnie. - Eu suspirei de alívio, já sentindo um pouco de calma ao saber que ela estava comigo nessa. - Eu vou ficar de olho. Me avise quando souber de algo novo.

Desliguei o telefone e olhei para o horizonte. A tensão no meu corpo parecia aumentar a cada segundo. Resolvi me distrair, mas sabia que a calmaria não duraria muito. Malditas bruxas que não me deixam em paz, nunca poderia viver algo tranquilo sem que coisas sobrenaturais estragassem minha felicidade.

Entrei no carro e, enquanto ligava o motor, pensamentos do passado começaram a me assombrar. Eu queria acreditar que Stefan finalmente encontrou a paz, mas e Klaus? Será que, onde quer que esteja, ele também conseguiu? Talvez ainda tenha seu irmão ao lado, ou quem sabe Hayley, ou até Camille, aquela ex-namorada que ele amou. Tento não me torturar com essas lembranças, mas é impossível evitar a pontada de ciúmes ao pensar que ele teve outros amores e, por um tempo, pode ter esquecido o que nós dois compartilhamos.

Lembro-me de quando fui para New Orleans com minhas filhas, buscando a proteção dele. No fundo, eu só queria revê-lo. Se soubesse que estava preso por Marcel naquela época, teria ajudado Hayley a salvá-lo, nem que fosse por gratidão pelo que ele fez por Stefan. Mas sei que não era só isso. Eu precisava dele. Sempre soube, lá no fundo, que Klaus estaria lá para me salvar, que mesmo com o passar dos anos, aquele sentimento nunca desapareceria. Ele sempre esteve lá, latente, esperando ser retribuído.

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Beijos da Thete e da Tessa 💋

Espero que gostem do capítulo... Como disse eu tenho 3 capítulos prontos e assim que tiver tempo eu posto. Provavelmente depois desses três capítulos, até eu ter criatividade pode demorar, já que eu tenho outras histórias na qual tenho que dar um pouco de atenção. Quem ver assim nem parece que estou ficando louca, já que do nada queria escrever uma fanfic de Outer Banks.

até o próximo..