Capítulo 4

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Boa noite! 

Hoje tem capitulo novinho em folha 💕

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Não posso respirar, não posso ser

Não posso ser o que você quer que eu seja

Acredite em mim, dessa vez

Acredite em mim

Eu sou um péssimo mentiroso, péssimo mentiroso

Agora, você sabe, agora, você sabe

Eu sou um péssimo mentiroso, péssimo mentiroso

Agora, você sabe, está livre para ir

Bad Liar — Imagine Dragons

Magnus


Olivia está dormindo em casa há quatros dias.

Angustiantes. Torturantes. Cruciantes quatro dias.

Há mais algum adjetivo que caiba aqui para evidenciar o quanto cada longo dia tem sido desesperador?

Não completamente desesperador, já que não estamos juntos as 24 horas do dia, mas as poucas horas durante a manhã antes dela ir para o trabalho e à noite, depois que ela volta, são sufocantes. Tenho uma dose de alívio durante o dia e posso respirar; caso contrário, teria ficado cego a ponto de cometer um assassinato.

Embora Olivia, persistente como é, não aceitará minha ida para o outro plano. Ela vai dar um jeito de me ressuscitar em minutos ou se tornar amiga do diabo, fazer um pacto e ressuscitar meu corpo, como Dean Winchester, de quem perdi as contas de quantas vezes voltou da morte em 16 temporadas. Não quero pagar para ver.

Estou sendo injusto. Olivia não é de todo ruim. É até divertido estar com ela quando estamos comendo e obrigatoriamente ela tem que estar de boca fechada ou quando estamos assistindo um filme, onde ela também tem que permanecer em silêncio.

Nossos pais se conhecem desde que eu tinha oito anos, pelo que me recordo. Olivia é cinco anos mais velha do que eu. Ela nunca havia me notado quando eu era um pirralho, tampouco na adolescência, apesar de ela sempre estar em casa junto com seus pais. Eu era invisível para ela. Olivia só começou a me dar atenção quando completei 21 anos e havia desistido da faculdade de Direito. Mamãe achou que eu estava mal e decidiu que empurrar a filha mais velha dos seus amigos e parceiros de trabalho seria uma boa ideia. Em um coquetel corporativo que mamãe organizou para inaugurar seu escritório de arquitetura na capital, ela me viu, se aproximou e pediu meu número. Eu passei, porque estava naquela fase — que não é muito diferente de como estou agora — em que me sentia perdido e aceitava qualquer migalha de quem quisesse me dar um pouco de atenção e ouvir meus lamentos. Não deu em nada. Eu havia recém descoberto minha sexualidade, e me enfiar em um relacionamento quando eu queria explorar um pouco mais sobre ela não estava exatamente nos meus planos. E posso admitir que explorei e aproveitei muito bem.

Nunca diga NuncaOnde histórias criam vida. Descubra agora