Capítulo 3

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Voltei com mais um capítulo!

Hoje é todinho sobre Alec pra vocês conhecerem um pouco mais dele 🥰

Hoje é todinho sobre Alec pra vocês conhecerem um pouco mais dele 🥰

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Quando você se machuca por baixo da superfície

Como águas revoltas ficando geladas

Bem, o tempo pode curar, mas este não irá

Before you Go — Lewis Capaldi


Alexander

Bater na porta de alguém em pleno domingo de manhã deveria ser considerado crime, com direito a pena de morte, dependendo do motivo. Principalmente se não for convidado. Tenho absoluta certeza de que não convidei ninguém para vir aqui. Nunca convido. Odeio pessoas rondando minha casa. Nem meu pai eu convidei, só Izzy, Tyler e Magnus naquela vez, o que me arrependo. Magnus deve ter trazido um certo azar para cá, e agora as pessoas acham que podem vir aqui por livre e espontânea vontade. Não, elas não podem.

Levanto bruscamente, meio atordoado, e desço para o andar de baixo, verificando as mensagens no meu celular. Vai que alguém, tardiamente, me avisou que viria aqui. Nenhuma. Exceto do grupo da família e muitas de Tyler, provavelmente alguma reclamação sobre seu colega de quarto, a comida ruim do hotel ou o quanto está doido para os jogos acabarem e ele poder voltar para casa. O que é contraditório, já que ele ama essa vida; é tudo o que ele sempre sonhou.

Olho pelo olho mágico, mas não há ninguém do outro lado. Crianças e suas trollagens... Isso é permitido dentro de um prédio? E onde estão os pais desses pequenos anjinhos e irritantes?

Solto um suspiro exausto e abro a porta. No chão, vejo três grandes caixas empilhadas. Coloco minha cabeça para fora da porta e, no fundo do corredor, em frente ao elevador, há um homem vestindo o uniforme dos correios. Olho com dúvida para as caixas. Não me recordo de ter comprado nada recentemente, apesar de comprar coisas com mais frequência do que deveria ser considerado normal, a pobre, literalmente pobre da minha fatura, pede socorro, nunca chego ao final do mês com total certeza de que vou continuar com meu nome limpo. Odeio sair à procura de coisas, prefiro fazer isso confortavelmente no meu sofá. Mercado, farmácia, café da manhã, jantar, sex shop, roupas, móveis, eletrônicos... Uma infinidade de coisas já chegou à minha porta, até consultas médicas ou exames básicos tem por delivery.

Não que eu seja antissocial, longe disso. Amo sair, viajar, conhecer pessoas, e às vezes tomar café numa cafeteria, mas é puramente lazer. Meu tempo é precioso demais para ser gasto resolvendo problemas que a internet soluciona em minutos. Não é à toa que passei quatro anos dentro de uma faculdade estudando programação. Viva a tecnologia.

Ergo as caixas extremamente pesadas, uma por uma, e levo-as para dentro do apartamento. Foi rápido, mas estou pingando de suor e me sentindo fraco. Já fui mais resistente que isso. Aos dezesseis, quando consegui um emprego entregando jornais, carregava caixas com o triplo desse peso sem sequer ficar ofegante. Acho que é porque ainda não comi nada, ou talvez seja um bom lembrete de que devo me matricular em uma academia o quanto antes. A idade está começando a me afetar.

Nunca diga NuncaOnde histórias criam vida. Descubra agora