ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ ㅤ ㅤ ㅤ ㅤ cap. 12

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SELENA REYES .ᐟ

— Mais cinco minutos

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— Mais cinco minutos.

— Levanta!

— Mais dois...

— Selena. Levanta. Agora. — Imogen praticamente rosnou, puxando meu braço com uma determinação aterrorizante. Eu a empurrei de volta, numa tentativa patética de prolongar meu sossego, e enterrei meu rosto ainda mais fundo no travesseiro, na esperança de que o universo finalmente me deixasse em paz. Spoiler: não deixou.

Porque, bem, Imogen, sendo a encarnação da tortura matinal, arrancou os cobertores das minhas pernas. O resultado? Ar gelado. Nas pernas. No meu corpo inteiro. Era como ser jogada no Ártico. Gemi.

— Você tem problemas — resmunguei debaixo do travesseiro enquanto abria um olho, só o suficiente para encará-la com toda a minha exaustão e rancor.

— Vou te dar problemas se você não levantar agora — Imogen rebateu, a imagem viva da paciência esgotada. Com aquele sorriso indecente de quem não só estava acordada, mas totalmente funcional. Como isso era possível? Quem a programou assim?

Sabe qual é o pior? Eu tinha dormido bem. Tipo, milagrosamente bem. Como se o universo tivesse me presenteado com uma noite daquelas em que você apaga e acorda como uma nova pessoa. Ou deveria, porque Imogen e sua missão de me arrancar da cama claramente não iam permitir que eu saboreasse esse raro triunfo. Não, aparentemente, era o momento de enfrentar a cruel realidade do colégio. Ou, mais precisamente, a minha amiga que parecia geneticamente incapaz de entender o conceito de soneca.

— Se você não sair dessa cama em dez segundos, vou buscar um copo d'água — ela ameaçou, e, cara, eu sabia que ela estava falando sério.

— Eu te odeio. — Meu protesto saiu abafado, já que eu ainda estava com metade do rosto enfiada no travesseiro.

— Eu sei — Imogen respondeu, com um sorriso vitorioso, já se afastando para continuar sua missão de destruição matinal. — Vamos, Selena. Você consegue.

Eu resmunguei algo ininteligível, provavelmente uma combinação de frustração e derrota, e finalmente joguei as pernas para fora da cama. O chão estava gelado, e eu já sentia falta dos cobertores, mas o olhar triunfante de Imogen era ainda pior do que o frio.

— Isso, garota. Sabia que você não ia querer ser encharcada de manhã — ela disse, piscando para mim. E, ugh, eu queria tanto odiá-la. Mas o problema é que ela estava certa. Como sempre.

— Por que você está tão desesperada para me tirar da cama? — grunhi, com o travesseiro novamente colado na cara.

— Porque você vai ser expulsa se não colocar sua frequência em dia. E eu não posso perder minha melhor amiga — Imogen declarou.

"Melhor amiga". As palavras demoraram uns bons segundos para serem processadas pelo meu cérebro ainda entorpecido pelo sono. Fiquei um pouco atordoada, e não da maneira boa. Levei a mão à testa, tentando entender. Melhor amiga? Tipo... nós éramos próximas, claro, mas daí a "melhor amiga"? Eu não diria isso. Conhecidas, amigas, talvez um pouco mais. Mas "melhor amiga"? Não. Isso soava grande demais.

DELIQUENTES, nicholas chavezOnde histórias criam vida. Descubra agora