[EM ANDAMENTO]
Em uma cidade cercada de ensinamentos antigos e desigualdade, o líder da máfia, Park Jong-Seong, mais conhecido como Jay, se vê em uma situação desagradável, ao ter seu espaço invadido. Com o sequestro de seu afilhado, e a informação...
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"As novas opiniões são sempre suspeitas e geralmente opostas, por nenhum outro motivo além do fato de ainda não serem comuns. John Locke"
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━─━────༺༻────━─━ JAY
Quando vi aquele homem caminhar em direção a mesa em que estávamos, senti algo estranho. Era como se sua aparição sustentasse ainda mais os avisos de perigo.
― Jay...
Assim que escutei aquele resmungo vindo do meu companheiro, o olhei de canto, notando o quão na defensiva ele estava naquele momento.
― Não se preocupe, ficará tudo bem. ― murmurei seriamente, o olhando.
― Que bela consideração tem pelo seu avô, Seong. ― o velho diz chamando minha atenção. ― Se não fosse por sua irmã, eu sequer saberia que se casaria outra vez.
Fiquei o encarando durante um tempo, contudo, antes que sua boca se abrisse para falar algo sobre meu esposo ou sobre meu irmão, tampei sua visão com meu corpo.
― O senhor não é meu avô, e aquela coisa não é minha irmã. ― falo seriamente, o encarando. ― Eu nunca chamaria algum dos dois para algo meu, afinal, vocêsnãosão minha família.
No momento em que falei aquilo, pude notar seu rosto se contrair em puro desgosto, porém, eles nada disseram em relação a esse assunto.
― Que seja. ― resmungou com desgosto. ― Bom, seja lá o que planeja com esse ômega... ― dessa vez ele tenta encarar diretamente Jungwon, porém, eu permaneço o impedindo. ― ... Saiba que não irá conseguir.
― Está me ameaçando?
― Considere isso um aviso. ― novamente resmungou, contudo, ele se aproximou ainda mais de mim, até ficar próximo a minha orelha. ― Espero que esteja preparado para suportaro que esse ômega esconde. ― sussurrou em meu ouvido.
Antes que eu pudesse ter alguma reação, ele se afastou e deu as costas, caminhando em direção a saída. Entretanto, quando ele estava próximo à porta, parou e olhou por cima de seu ombro, mais especificamente para meu sogro. Ele não disse nada, mas existia algo em seu olhar que denunciava a sua vontade de questionar algo, porém, se conteve.
Quando ele saiu, o local ficou em um completo silêncio, contudo, sua fala não saía da minha cabeça.
Para o que devo me preparar? O que ele sabe sobre Jungwon?
Passei um tempo parado tentando conectar sua fala a algo que eu possa saber, até que a lembrança daqueles papéis e a fala do meu esposo vieram à minha mente.
