Capítulo 4 - Segredos e Missões Secretas

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Alexei Ivanovich Suvorov estava no auge de sua carreira como agente do GRU, um soldado cuja trajetória era marcada por missões de infiltração e eliminação em nome da Rússia, operando sempre nas sombras, em zonas de conflito onde a política e a violência se entrelaçavam. Ele era uma ferramenta afiada e precisa, usada para desmantelar insurgências, desestabilizar governos e eliminar ameaças à segurança do Estado russo.

No entanto, em uma missão aparentemente rotineira, o destino de Alexei se entrelaçou com um evento que mudaria o curso da história mundial — e da própria humanidade. No final de 2013, o GRU o designou para uma missão secreta de suma importância, com ramificações que iam muito além de qualquer coisa que ele pudesse ter imaginado.

A ordem veio em sigilo absoluto: infiltrar as instalações da GatesEnterprises, uma poderosa corporação multinacional com sede em Kamil, na região de Norvinsk. A missão parecia simples no papel — invadir, roubar dados confidenciais e escapar. A GatesEnterprises era suspeita de atividades ilícitas que iam muito além da espionagem corporativa, envolvendo tráfico de armas e experimentos biológicos proibidos. Havia rumores no GRU de que a empresa estava envolvida em uma pesquisa perigosa e, possivelmente, em desenvolvimento de armas biológicas.

O governo russo, alarmado com as operações secretas da corporação em território nacional, não podia permitir que esses experimentos prosseguissem.

Alexei e seu esquadrão de elite foram inseridos em Kamil, cidade sitiada por conflitos entre forças russas e contratados militares privados. O caos já dominava a região devido à instabilidade política e ao controle da GatesEnterprises sobre o submundo local. Alexei liderou a operação, penetrando as camadas de segurança e infiltrando-se no complexo da GatesEnterprises Labs, uma instalação subterrânea fortemente protegida.

O plano era simples: Alexei deveria invadir o laboratório, acessar os servidores e coletar informações sobre os experimentos biológicos que a empresa estava conduzindo. O que ele encontrou, porém, foi muito mais aterrorizante do que qualquer arma ou vírus com o qual havia lidado antes.

Dentro do laboratório, Alexei e sua equipe se depararam com câmaras de pesquisa contendo corpos humanos. Não era incomum ver experimentos com prisioneiros de guerra ou civis em operações secretas, mas esses corpos estavam... diferentes. Alguns dos cadáveres apresentavam sinais de reanimação, com feridas abertas ainda em decomposição, mas seus cérebros, misteriosamente, ainda apresentavam atividade.

Alexei sabia que estava lidando com algo perigoso, além de qualquer coisa que pudesse imaginar.

Sua missão foi interrompida quando um dos cientistas, em um estado de completo desespero, revelou uma verdade perturbadora: a GatesEnterprises estava testando um vírus experimental, desenvolvido como uma arma biológica de próxima geração. O vírus tinha a capacidade de reanimar os mortos, transformando-os em criaturas desprovidas de consciência, movidas apenas pelo instinto de matar e devorar. Alexei e sua equipe já estavam expostos, e o pânico se instaurou.

Com os alarmes soando e as forças de segurança da GatesEnterprises fechando o perímetro, Alexei percebeu que o tempo era limitado. Ele tentou extrair os dados necessários e escapar, mas a missão estava condenada. A situação saiu de controle quando membros de sua própria equipe começaram a mostrar sinais de contaminação, febre alta e comportamento errático. Minutos depois, um de seus soldados morreu, apenas para se levantar logo em seguida — como um monstro desfigurado, sem memória ou racionalidade, atacando seus companheiros.

Alexei não teve escolha: eliminou seu camarada com um tiro certeiro no crânio.

No caos que se seguiu, a operação falhou. Alexei foi forçado a escapar com as informações que conseguiu coletar, mas sabia que não era o suficiente. Ele estava certo de que o vírus já estava fora de controle. Mesmo sem total acesso aos dados, Alexei compreendeu que o vírus era projetado para ser altamente contagioso e que se espalharia rapidamente — não apenas em Kamil, mas em todo o mundo.

Ele lutou para escapar da cidade em ruínas, cruzando zonas de conflito entre facções rivais, contratados militares privados e forças russas em desespero. Enquanto fugia, os primeiros sinais do apocalipse começaram a se manifestar nas ruas — civis e soldados, mortos e reanimados, atacando tudo em seu caminho. Alexei sabia que o vírus da GatesEnterprises havia sido liberado e que o mundo estava prestes a enfrentar uma ameaça inimaginável.

Enquanto Alexei corria por uma das ruas desertas de Kamil, ele viu algo que ficaria gravado em sua memória para sempre. À distância, ele observou uma figura cambaleante. Pensou que fosse apenas um civil ferido, mas, ao se aproximar, ele percebeu que aquela criatura não era mais humana. Era um Walker, o primeiro que ele havia visto fora dos laboratórios da GatesEnterprises. Seu rosto estava desfigurado, a pele em decomposição, e seus olhos, vidrados e vazios, se fixaram nele como um predador.

Foi nesse momento que Alexei percebeu o verdadeiro escopo do que estava lidando. A GatesEnterprises havia criado algo além da compreensão humana. Esse não era apenas um vírus; era o fim da civilização. O mundo ainda não sabia, mas Alexei, com seu treinamento e frieza, já entendia. Ele matou o Walker com um tiro na cabeça, da mesma forma que havia eliminado seu camarada no laboratório. Mas a verdade era clara: o contágio havia começado, e o tempo estava se esgotando.

Alexei conseguiu escapar de Kamil, atravessando a zona de conflito até a segurança relativa das forças russas, e foi imediatamente transportado de volta para Moscou. Ele chegou à capital sem alarde, evitando qualquer contato público. A situação global começava a entrar em colapso, com os primeiros relatos de "infeções misteriosas" surgindo na mídia, mas ainda sem detalhes suficientes para que a maioria das pessoas compreendesse o que estava por vir. 

 

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