Prólogo

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Nascido em uma pequena aldeia isolada na Sibéria, Alexei Ivanovich Suvorov foi criado em meio a uma cultura Cossaca antiga e profundamente tradicional. A família Suvorov, composta por muitos membros, era unida e orgulhosa de suas raízes, praticando um modo de vida simples, mas fortemente conectado à terra e às tradições. Desde cedo, Alexei foi educado nos valores de honra, lealdade e sacrifício, características profundamente valorizadas em sua cultura.

Alexei é um rapaz alto, de corpo atlético, loiro, olhos azuis, amante e domador de cavalos e habilidoso com sabres e facas, como muitos da sua cultura.

Aos 16 anos, Alexei estava prestes a se casar, um evento aguardado com grande expectativa por toda a aldeia. A tradição cossaca celebrava a união de famílias com festas grandiosas e laços inquebráveis. Ele seria o primeiro de sua geração a iniciar uma nova família, o que o enchia de orgulho. A noiva, uma jovem chamada Anya, era filha de uma família amiga e vizinha. Eles cresceram juntos, e a expectativa de construir uma vida juntos era o principal pensamento de Alexei. No entanto, o destino tinha outros planos.

No auge da Primeira Guerra da Chechênia, a violência chegou ao pequeno vilarejo de Alexei de forma brutal e inesperada. Um atentado, causado por um grupo separatista, destruiu sua aldeia. O ataque foi rápido e devastador, atingindo tanto sua família quanto a de Anya. Naquele dia, Alexei perdeu tudo. Membros de sua família, dos dois lados, foram mortos. Ele se viu sozinho, desolado, cercado pelos corpos daqueles que amava.

A perda profunda e repentina de seus pais, irmãos, tios e sua prometida foi um golpe que o jovem não poderia aceitar passivamente. A dor transformou-se em ódio, e o desejo de vingança tornou-se a única coisa que movia Alexei. Ele jurou que não descansaria até punir aqueles que causaram a morte de sua família.

Com apenas 17 anos, Alexei se voluntariou para o exército russo, determinado a encontrar uma maneira de atingir seus inimigos. A Guerra da Chechênia ainda estava em andamento, e ele sabia que aquele seria seu caminho para a vingança. No entanto, o ingresso no exército não foi como ele esperava. Em vez de uma oportunidade imediata de vingança, Alexei foi designado como recruta, onde foi submetido a um sistema brutal de trote, conhecido como "dedovschina".

Os soldados mais velhos abusavam dos recrutas, forçando-os a realizar tarefas humilhantes e submetendo-os a violência física e psicológica. Para muitos jovens, a "dedovschina" era o primeiro grande obstáculo a ser superado. No entanto, Alexei, movido por sua dor e raiva, suportou os abusos em silêncio. Ele não se quebraria. Cada golpe, cada insulto, apenas reforçava sua determinação. Ele sabia que estava ali para algo maior: sua vingança.

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