Capítulo 53 - O Hospital

3 2 0
                                    

Alexei adentra ao hospital com uma precisão feroz, determinado, limpando sala por sala, mas seu objetivo principal era área da segurança provavelmente na parte média do prédio. Havia corpos de médicos, soldados, civis, mas o cheiro não incomodava mais Alexei, seu objetivo era a sala de controle.

O russo finalmente encontra a sala com a porta fechada, se posicionando adjacente a porta, à espera de que Maggie o alcançasse, "Alexei o que foi?" ela pergunta a curiosidade dando lugar ao medo por ver seu homem assim.

Alexei chuta a porta, facilmente a abrindo, fazendo a varredura completa, "чиста" ele diz, sem se importar se Maggie entendeu ou não, e fissurado nos rádios, ele tenta ligar e por sorte eles funcionam, "Perfeito, Maggie feche a porta e me cobra por favor."

Maggie apenas assiste a cena que se desenrola na sua frente.

Na escuridão abafada da sala de segurança, Alexei girou os botões do rádio com pressa, buscando o eco distante da frequência que talvez pudesse salvar a ele e a Maggie. A estrutura improvisada do hospital Piedmont Fayette era agora uma carcaça militar abandonada e semidestruída, invadida pelo cheiro acre de ferrugem e abandono. Ele lançou um olhar breve para Maggie, mas logo voltou a atenção ao rádio, esperando qualquer sinal.

Por fim, a voz áspera que ele tanto temia ouvir emudecida se fez presente, reverberando entre ruídos e estática. Alexei respirou fundo, preparando-se para se identificar. "Здесь старший лейтенант Алексей Суворов, отряд Калуга. Нахожусь в больнице Пьемонт Фейетт, Джорджия. Подтверждаю координаты, запрашиваю эвакуацию. У меня есть спутница, требую включить её в эвакуацию." (Aqui é o Tenente Sênior Alexei Suvorov, pelotão Kaluga. Estou no hospital Piedmont Fayette, Geórgia. Confirmo as coordenadas e solicito evacuação. Tenho uma acompanhante, exijo que ela seja incluída na evacuação.)

Maggie observava em silêncio, absorvendo o tom desesperado e a urgência nas palavras de Alexei, mesmo sem compreendê-las. Algo nela começava a perceber a gravidade do que estava em jogo, mas nada a prepararia para o que viria a seguir.

Após um breve intervalo, a resposta atravessou o rádio com um peso sombrio: "Суворов, это батальон Дон. Мы отходим. Потеряли связь с Москвой несколько дней назад. Нам приказано идти на север, в сторону Аляски. Американские побережья слишком опасны." (Suvorov, aqui é o Batalhão Don. Estamos recuando. Perdemos contato com Moscou há alguns dias. Recebemos ordens para seguir para o norte, em direção ao Alasca. As costas americanas são perigosas demais.)

Alexei sentiu uma tensão crescente, apertando o botão do rádio com mais força, como se pudesse infundir sua necessidade naquele contato frágil. "Это не может быть. Я здесь на задании, выполнял приказы, и теперь вы бросаете нас? Здесь кишат ходячие, времени почти не осталось. Сколько времени у нас?" (Isso não pode ser. Estou aqui em missão, segui ordens, e agora vocês nos abandonam? Esse lugar está tomado por zumbis, não temos muito tempo. Quanto tempo nos resta?)

A voz do rádio hesitou, mas logo retornou, imperturbável e fria. "Мы останемся на этой частоте до завтра, в 6:00 по нашему времени, но ничего больше сделать не сможем. Мы теряем технику и людей с каждым часом. Артиллерию мы бросаем — повреждена, транспорта нет." (Ficaremos nesta frequência até amanhã, 6h no nosso horário, mas não podemos fazer mais nada. Estamos perdendo equipamento e pessoal a cada hora. Estamos abandonando a artilharia — está danificada e não temos transporte.)

Caminho para RodinaOnde histórias criam vida. Descubra agora