Cap 24

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Cap 24: Brisa Leve e Passageira.

Lovers by Luna..

Sofia on

Depois daquela bronca que eu levei do tio, o caminho foi silencioso porém a vibe do lugar estava bem vintage e confortável. Nem vale a pena lembrar daquela praga da Tasmânia, sinceramente, eu prefiro ficar presa dentro de um quarto com a Bruna do que com aquela tangerina da Ananda. E ela ficou dando em cima do meu docinho de coco!! Vai se foder merda ambulante. Eu juro que a próxima vez que aquela menina se quer encostar um dedo na Duda, eu vou meter porrada, só assim ela aprende.
Chegamos num lugar que é literalmente no meio do mato, mas tinha um local para estacionar os quadriciclos. Eu e Duda fomos as primeiras a chegar sem contar com o avô do Pablo, bem, ele nunca disse o nome dele, então vou chamar ele assim mesmo. Paramos os quadriciclos e seguimos dali por diante a pé. Entramos numa trilha pequena, que era rodeado de árvores, e se você reparar bem, tinha um avalanche do lado direito, isso me causou uma baita aflição. Ouvi um barulho no mato e percebi que todos olharam ao mesmo tempo.

- Que foi isso? - Marcos foi o único que teve coragem de perguntar. E olhamos pro senhor de idade.

- É onça!!! - O senhor de idade falava num tom dramático, fazendo a Bruna e a Duda gritarem. A doarda me abraça e a Bruna pega um galho gigante e pontiagudo e aponta pro mato. - Calma meninas, eu estava apenas brincando! - Ele ri. - Aqui só tem cobra, cão do mato, mas onça não tem não. - Ele fala como se fosse a coisa mais normal do mundo.
Puxo Duda e Bruna para minha frente e vou guiando as mesmas em uma velocidade considerável.

- Cadê os homens daqui em? Cadê os machão?! - A rouba-mulher da Ananda resolve abrir a boca. Juro que na mesma hora, eu revirei os olhos com força.

- Que macho? Aqui só tem viado. -
Duda responde com um tom de deboche.

- Que foi? Se estressou? - Ela faz cara de coitada e imita como de criança, debochando ainda mais dela.

- Vai se foder, Nanda. - Nanda.. A Duda chamou ela de Nanda.

- Curti o apelido. - Ela pisca o olho e eu percebo até a BRUNA olhando feio pra ela.

- Por que você tá dando em cima da Duda? - Gabb pergunta a olhando estranho. A Ananda da uma risada sincera e o ignora, tem alguma coisa de errado. Nossa ruivinha não é assim. Ela é simpática, alegre, responsável, e madura. Alguém ta forçando ela.
Saímos do matagal e paramos em um penhasco, que obviamente era protegido com cercas. Dava vista pro mar, e a Brisa era leve, calma e ousada.

- Gente, eu olhei pro mar por um segundo e as duas bonitas sumiram. - Falo procurando a Hippler e a Monchbeler com o olhar.

- Não são elas ali? - Douglas fala apontando para Bruna que estava com a Duda no ombro tentando pegar laranjas em uma laranjeira estupidamente alta, mas sem sucesso, a Duda é pequena demais pra pegar aquilo.

- Eduarda Catani Hippler e Bruna Monchbeler saiam da ai agora, vocês vão ca..

A Doarda me corta com um grito, Bruna aparentava ficar atenta quando a Duda foi puxando ela pra trás quase  a todo custo. Fico atrás da caso a Duda caia.

- Ciclope, vem aqui, rápido! - Chamo ele e o mesmo vem correndo ao perceber a Duda e a Bruna perdendo o equilíbrio. Uns 5 segundos depois, Duda cai pra trás com tudo, caindo diretamente nos meus braços. Caick segura Bruna que dava uma leve estrelada no pescoço.

- Você esta bem? - Pergunto para minha namorada que estava segurando meu pescoço. Quando pergunto isso sinto sua respiração ofegante no meu pescoço, ela estava realmente nervosa, lembro de uma conversa que eu e o grupo tivemos sobre medos e a Duda disse: "Tenho medo de altura, mas mesmo assim me arrisco a sentir a adrenalina."
Ela se vira e olha para mim, disfarçando seu medo com um sorriso tímido.

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