Lovers

Cap 32

Cap 32: A Caminho da Esperança

Lovers by Luna..

Doarda ☆

De pé em frente a Sofia, coloco o flash do meu celular na região do seu nariz para ver se havia algum tipo de machucado ou sei lá, um local aberto que esteja sangrando. Mas ainda bem que estava tudo bem. Sofia me olhava com um olhar tão malicioso que eu não sei nem explicar como eu ne sentia. Tentava disfarçar minha pupila dilatada e meu coração acelerado, mas é em vão.

- Dá pra parar de me olhar assim? -
Pergunto com um pouco de raiva, parando de mexer no seu nariz.

- Olhar como? Não posso te olhar agora? É proibido? - Ela debocha fazendo os seus olhos grandes e pidões. Ela abre um pouco as pernas e me puxa pro espaço que ficou entre suas pernas e segura minha coxa. - Que foi? Continua. - Desgraçada. Me aproximo do seu ouvido e em um movimento estratégico, lambi sua bochecha.

- Eduarda! Eca!! Nojenta! - Ela grita e limpa a saliva da minha língua. Me aproximo mais um pouco dela e seguro sua nuca de um jeito delicado, selando nossos lábios. Aquele maldito gosto de morango me atinge novamente..
Ela fazia movimentos discretos na minha cintura que no momento estava sem nenhum tipo de roupa a cobrindo, aliás, eu estava de bikini ainda. Cada toque fazia minha pele se arrepiar, era uma sensação boa. Não era como Rafael, eu não me sentia segura com ele. Era com Sofia. Com ela é tão natural.. Aos poucos o fôlego vai acabando e eu vou separando nossos lábios, abrindo os olhos lentamente.

- Dudis, queria conversar com você sobre uma coisa. - Ah não. Eu odeio conversar. Ela me puxa e me faz sentar ao seu lado.

- Eu quero terminar. - O-oque? Não, não, não!!! Sinto lágrimas escorrendo lentamente pelo meu rosto.

- Duda? Duda! Eduarda!! - Sofia me chaculha. Que? Era só pensamento intrusivo? Ainda bem.. - Oque você tem? Por que está chorando? - Ela limpa minha lágrimas com o polegar.

- É que.. eu tive um pensamento intrusivo, me desculpa! - Ela me olha com preocupação.

- Sobre oque era? Quer me contar?

- Que? Não! Eu não preciso de contar sobre tudo. - Falo com um pouco de raiva e saio da cozinha rapidamente. Sofia vai atrás de mim.

- Duda, relaxa. Oque eu fiz? - Sofia me questiona ainda confusa.

- Sofia! Me deixa! - Falo mais alto que seu tom.

- Se é assim mesmo, tudo bem, Eduarda! Se vira então! - Sofia sai da cozinha e vai embora. Vejo apenas suas costas, os músculos das suas costas tensos. O último movimento dela foi pegando sua toalha e saindo do local.

- Mas que merda!! - Grito com toda minha raiva. Eu sou uma bela idiota! No impulso, dou um soco forte na porta de madeira da cozinha. Sentindo toda aquela adrenalina, não senti uma porção da dor, que uma pessoa normal sentiria ao socar a porta. Meus punhos começaram a sangrar, mas eu não liguei. De repente sinto ventos fortes e minhas emoções descontroladas, é uma sensação devastadora, como se meu corpo tivesse uma energia incontrolável. Meu coração dispara, minha respiração fica pesada, e minha mente parece perder a capacidade de pensar com clareza. Coloco uma das minhas mãos na cabeça tentando a todo custo controlar isso, mas foi em vão. Puxo os fosse do meu cabelo, pressiono minha mão com tanta força ao ponto de machucá-la. Em um ato impulsivo pego um copo de vidro e jogo no chão, acabo cortando a mão, mas dessa vez doeu, e muito. Encostei na parede mais próxima e sentei ali mesmo, minha respiracao ofegante misturada com dor e agonia, me fazia suar. Senti minha visão ficar turva e minha cabeça começar a queimar de tanta enxaqueca. Tranco a porta da cozinha, eu não queria que ninguém me visse naquele estado. Começo a chorar, chorar baixo, eu sou realmente uma imbecil. Consegui afastar minha própria namorada de mim. De repente ouço a porta da sala abrir de longe com força e rapidez, passos rápidos andando pela sala inteira.