Um amor silencioso

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Pov's Júlia Soares

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Pov's Júlia Soares

Era uma tarde ensolarada, e eu e Sn decidimos ir à sorveteria do centro. O lugar era pequeno, mas sempre estava cheio de risadas e sorrisos. O aroma doce do sorvete se misturava com a brisa fresca, e tudo parecia perfeito. Pedimos nossos sabores favoritos: eu escolhi chocolate amargo e Sn optou por morango. Sentamos em uma mesa perto da janela, onde o sol iluminava nossos rostos.

Enquanto saboreávamos nossos sorvetes, conversávamos sobre tudo e nada ao mesmo tempo. O mundo lá fora desapareceu, e tudo que eu conseguia pensar era nela. Cada risada dela era como música para mim, e eu me perdi no brilho de seus olhos.

De repente, ela parou, inclinando-se para mais perto de mim. —Ei, Julia — disse Sn, com um sorriso travesso — você está com um pouquinho de sorvete no canto da boca.

Senti meu coração acelerar enquanto ela se aproximava. Com um toque delicado, ela limpou o canto da minha boca com o polegar, e o simples gesto fez meu corpo todo estremecer. O olhar dela estava tão próximo, e naquele instante, percebi que era a oportunidade que eu vinha esperando.

Sn… — comecei, a voz saindo suave e trêmula.— Eu… eu preciso te contar uma coisa.

Ela parou de sorrir, seu olhar agora mais atento.— O que foi, Júlia? Você parece nervosa.

Respirei fundo, buscando coragem nas palavras que estavam prestes a sair.      —Eu gosto de você. Gosto muito de você, mais do que como amiga.As palavras saíram como uma explosão de sentimentos que eu havia guardado por tanto tempo.

Houve um silêncio momentâneo. Sn ficou parada, os olhos arregalados, e eu temi que tivesse cometido um erro. Mas então, um sorriso tímido começou a se formar em seus lábios.

Você gosta de mim? — ela perguntou, com uma voz suave e doce. — Eu não sabia…

Eu sei que pode ser estranho, e que talvez não queira ouvir isso, mas… eu não podia mais guardar —  Eu estava tremendo, a vulnerabilidade me atingiu. — A cada dia, fica mais difícil não te dizer. Eu gosto de você, de verdade.

Sn me olhou por um momento, e eu pude ver uma mistura de surpresa e um brilho especial em seus olhos. — Júlia, você não sabe como eu esperei por isso — ela disse, a voz quase um sussurro  —Eu também gosto de você. Sempre gostei, mas nunca soube como dizer

Minhas mãos tremiam, mas agora não era apenas o medo. Era a alegria que inundava meu coração.— Você… você gosta de mim? — perguntei, ainda tentando processar o que ouvia.

Sim — ela confirmou, com um sorriso iluminado. — Eu só não sabia se você sentia o mesmo. Pensei que poderia perder você se dissesse.

Um alívio profundo me envolveu. O amor que eu guardava em segredo estava, de alguma forma, reciprocado.   — Então, o que fazemos agora —  perguntei, meu coração batendo rápido e feliz.

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