ʀᴇᴀʟɪᴢᴀᴄ̧ᴀ̃ᴏ.

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Esse cabelo loiro Serena e olhos pretos me perseguem de forma medonha.

-- Oi...Karine...como vai? - falo arrastado.

-- Não me venha com essa. Recebi fotos de você num restaurante com meu namorado. Pode me explicar? - ela pergunta super irritada.

-- Primeiro...vocês terminaram, não?

-- Isso não é da sua conta.

-- Eu não estou com cabeça para você hoje, desculpa-

-- Eu estou te avisando, se eu souber que estão juntos sua vida vai virar um inferno.

-- Por que eu? Por que não fala para ele parar de flertar comigo?

-- Então, ele quem está te querendo? - ela pergunta e logo após solta uma risada escandalosa. -- Essa foi bem engraçada.

-- Não entendi a graça. - digo confusa.

-- Garota, olhe para você. Você até pode ser bonitinha, mas sabe bem que ele não iria se apaixonar por alguém da sua classe social...aliás, está aqui só por causa da boa vontade do pai do Jay, porque o seu pai não passava de um-

-- Não ouse abrir a boca para falar do meu pai! - jogo as coisas no chão e empurra ela.

-- Ah...que comportamento típico do seu nível.

-- Vá para o inferno, sua idiota. - digo pegando minhas coisas do chão e saindo, ainda consigo ver seu sorriso cínico.

Idiota. Idiota. Idiota. Às vezes penso em perder meu réu primário. Ela pensa que pode fazer algo contra mim. Ah! Estou tão farta dela e de seu ex mesquinho! Por que ele teve que se aproximar assim? Ela não...calma...

Andando irritada acabo pisando em falso ao descer as escadas. Me sento um minuto num degrau e suspiro colocando a mão no tornozelo. Começo a chorar de raiva e de dor ao mesmo tempo. Talvez agora entenda melhor o porquê de eu odiar ela, odiar mais alguns aqui na faculdade...eles pensam exatamente igual à ela, e falam mal do meu pai nas minhas costas. Acham que sou uma interesseira e que me aproximei de Jay apenas por isso, mas eu não ligo, eu sei a verdade e ele também.

-- Oi...tudo bem...? - escuto uma voz vindo na minha frente.

Eu realmente esperava que fosse Jesus me levando. Levanto o rosto e vejo o infeliz rosto angelical de Lee Heeseung. Por favor, suma da minha frente.

-- O que faz aqui? Me diz. - reclamo chorando.

-- Vim buscar meus cadernos- aconteceu alguma coisa?

-- Não. Só- só me deixa em paz, tá bom? - digo me levantando, mas sinto uma dor no pé que me trava.

Abaixo a cabeça reclamando, então, logo ele percebe do que se tratava. Claro que não sabia da parte principal.

-- Tem certeza que quer andar com o pé assim até o estacionamento? - ele questiona.

-- Sim. - afirmo com rispidez segurando o corrimão como se minha vida dependesse disso.

-- Hurum...vamos. - Heeseung diz me pegando no colo.

-- Ei, ei, ei!

-- Relaxa, tá bom? Vou te levar para o ambulatório.

-- Me deixa, Heeseung!

-- Você é muito enjoada, sabia?

-- Sabia. - desisto.

𝘈𝘮𝘰𝘳 𝘯𝘢 𝘱𝘰𝘳𝘵𝘢 𝘢̀ 𝘧𝘳𝘦𝘯𝘵𝘦 ( 𝘧𝘪𝘯𝘢𝘭𝘪𝘻𝘢𝘥𝘢 )Onde histórias criam vida. Descubra agora