ᴍᴇ ᴅᴇɪxᴇ ᴇᴍ ᴘᴀᴢ.

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-- Boa noite. - Jay diz chegando perto de mim na janela.

-- Que susto... - respondo me levantando rapidamente.

Jay estava de pijama. Um pijama fofo de gente rica, claro...e ainda por cima usava um perfume caro, para dormir? Estava com um saco de batatinhas na mão. Essa hora? São incríveis 23h e ele está comendo.

-- Como foi o encontro? - ele pergunta parando de comer.

-- Qual deles?

-- O do Heeseung, obviamente.

-- Não tivemos um encontro, ele só me trouxe até aqui. - falo amarrando o cabelo.

-- Ele se declarou que eu sei.

-- Sim, ele...disse tudo aquilo, mas-

-- Mas...? Não estava sofrendo por ele horas atrás? E agora não me parece feliz com isso.

-- Eu não estava sofrendo.

-- Estava sim, Alice.

-- Olha. Você está na minha lista negra, ouviu? - tento contornar a situação.

-- Eu na verdade sou amarelo, e não mude de assunto.

-- Engraçadinho. Parou de me responder e me deixou plantada. Ainda me manda o Heeseung, combinaram isso?

-- Não...foi coincidência o Yeonjun ter problemas, nisso, o garoto chegou aqui agoniado de amor de amor por você, achei que ele fosse desmaiar.

Continuo encarando Jay. Claro que eu estava um pouco irritada com essa falta de comunicação entre nós, ele deveria me contar essas coisas.

-- Eu estou chateada. - comento enquanto tiro os sapatos, os coloco no cantinho junto com outros sapatos de Jay.

-- Me desculpa, eu sei que eu não estava sendo um bom amigo não te contando, mas eu seria um pior se te dissesse...

-- Tudo bem...Sabia sobre as cartas dele para mim? Das flores para o meu pai?

-- Eu...sabia, só que- ele me pediu para não te contar nada.

-- Hum...Sabe, Jay...

-- Você está com medo, não é?

-- Mesmo que a Karine não seja relevante, ela ainda sim é maluca, e tem tudo isso de famílias ricas não gostarem de noras pobres.

-- Por um lado tem razão, mas vai abrir mão de quem você gosta?

-- Eu não sei... - levo as mãos no rosto.

Ele me abraça e, seguidamente, acaricia meu cabelo. Há quanto tempo isso não acontecia?

-- Calma...um passo de cada vez... - ele fala baixinho.

-- Eu não sei o que dizer a ele, eu tenho medo de que ela realmente faça algo e estrague tudo...não quero me arriscar.

-- Do jeito que ela é com aquele blog idiota...

-- Blog?

-- Ela tem um blog onde ela detona as pessoas... Você não sabia disso?

-- Ah, não...

-- Não se preocupa, ela nem sabe de nada sobre esse encontro ou sei lá...

-- Tem razão.

𝘈𝘮𝘰𝘳 𝘯𝘢 𝘱𝘰𝘳𝘵𝘢 𝘢̀ 𝘧𝘳𝘦𝘯𝘵𝘦 ( 𝘧𝘪𝘯𝘢𝘭𝘪𝘻𝘢𝘥𝘢 )Onde histórias criam vida. Descubra agora