Capitulo: 19/02

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A batida familiar que viria a associar a Christopher, começou às sete e quinze da manhã seguinte. Eu já tinha estado acordada por quase uma hora e meia, terminando minha corrida matinal e voltando para casa, para arrumar minha mochila, antes de tomar banho para que pudesse sair com meu carro para San Antonio. A última coisa que esperava era o Alemão aparecer na minha porta, não especialmente às sete da manhã.

Peguei uma camiseta fora da pilha de roupas na minha cama, com a intenção de guardá-la, quando a batida tornou-se ainda mais persistente.

Bunda impaciente.

Fui até a porta com um suspiro, nem mesmo preocupando-me em verificar o olho mágico.

"Salsichão?" Eu perguntei enquanto tirava a trava novamente.

"Já."

Eu abri a porta e comecei a acenar-lhe, apenas abrandando meu movimento, quando notei que ele usava - uma camiseta, jeans e botas de couro marrom arranhadas. Era a primeira vez que o tinha visto, com algo que não era short ou calças de treino. Hu. Um segundo depois, notei outra coisa.

Havia uma mochila por cima do ombro. E ele estava me encarando.

Eu não perdi o tique no maxilar, quando ele olhou da minha camiseta de sete anos que tinha sobre meu sutiã esportivo, para os shorts elásticos que mais pareciam uma cueca do que qualquer outra coisa.

Também não perdi o jeito que sua pálpebra começou a tremer, antes de seu olhar finalmente deslizar para cima e os espasmos piorarem.

"O que foi?" Perguntei-lhe, como se ele não tivesse mudado seu corpo ou seu olhar.

Aqueles olhos verdes escuros jogaram para baixo, para o que eu estava usando novamente. Sua voz era muito firme e lenta.

"Abre a porta meio nua o tempo todo?"

Ah meu Deus.

"Sim, pai." Eu pisquei pra ele e fui para o lado para dar espaço para ele entrar. "Você vai entrar..." Eu olho sua mochila novamente "... ou está indo embora?"

"Estou partindo," ele disse no instante em que entrou no meu lugar, ainda dando as minhas roupas de ginástica, uma expressão de desaprovação.

"Onde vai?" Fechei a porta atrás dele.

Christopher derrubou sua mochila junto as minhas botas de trabalho.

"Para Austin."

"É mesmo? Por quê?"

Quer dizer, gostava de Austin tanto quanto qualquer um. Já tinha estado lá centenas de vezes na minha vida, mas não era a minha cidade favorita no mundo. Não esperava que esse cara quisesse passar seus dias de folga em Austin, quando podia pagar para ir a qualquer lugar.

O Alemão fez o seu caminho em direção a minha cozinha e direto para os armários, retirando uma caneca.

"Eu tenho um compromisso esta tarde."

Por que a primeira coisa que pensei que ele estava se referindo, era uma cirurgia plástica, não tinha ideia. Eu plantei minhas mãos no balcão entre nós e inclinei-me, dando-lhe um olhar descrente.

"Não."

Ele olhou por cima do ombro enquanto ele encontrava um pequeno pote e começou a enchê-lo com água da minha geladeira.

"Sim?"

"Chris, amigo, não faça isso. Você ainda é muito bonito, e honestamente você sempre pode dizer, quando alguém teve a cirurgia feita para eles. Não me importo com o que diz o cirurgião plástico, é perceptível," disse a ele totalmente séria.

Un Poco De Tu Amor (adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora