𝖬𝖨𝖢𝖧𝖠𝖤𝖫 𝖡 𝖩𝖮𝖱𝖣𝖠𝖭.

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Finalmente, eu estava vivendo um sonho

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Finalmente, eu estava vivendo um sonho. Depois de meses correndo atrás de audições e pequenos papéis, meu novo apartamento em Los Angeles representava um grande passo na minha carreira de atriz. A vista do prédio em que eu morava era de tirar o fôlego, mas logo olhei para as caixas espalhadas pelo chão eram um lembrete de que, apesar de tudo parecer perfeito, ainda tinha muito a ser feito.

Enquanto estava no meio da bagunça, tentando organizar meu espaço, ouvi uma batida na porta. Estranhei, já que não conhecia ninguém por ali ainda. Quando abri, quase não acreditei no que meus olhos viam.

Era ele. Michael B. Jordan. Estava parado ali, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Jaqueta preta casual, boné para trás, e os óculos de sol que ele rapidamente tirou ao me ver. O sorriso no rosto dele era lindo e simpático, mas algo nos olhos parecia diferente.

— Oi, sou Michael, moro no apartamento ao lado. Só queria dar as boas-vindas à nova moradora — ele disse, de um jeito tão descontraído que quase me fez esquecer por um segundo quem ele era.

Por um momento, fiquei paralisada, tentando assimilar que Michael B. Jordan estava parado na minha frente, na minha porta.

— Ah, oi! — respondi, tentando soar normal, apesar de ter certeza de que minha voz tremia um pouco. — Obrigada! Eu... estou tentando me adaptar ainda. Sou S/N inclusive.

Ele riu, e o som foi genuíno, quase acolhedor.

— Entendo bem como é. Quando me mudei para cá, fiquei perdido por dias. Esse prédio é maior do que parece. — Ele olhou para as caixas espalhadas pelo meu apartamento e apontou com o queixo. — Se precisar de ajuda com essas caixas, eu estou à disposição.

— Sério? — perguntei, surpresa com a oferta. — Não quero incomodar.

— Não é incômodo. Acredite, prefiro carregar caixas do que lidar com reuniões intermináveis de estúdios. — Ele sorriu mais abertamente agora, o que me deixou um pouco mais à vontade. — Você é atriz, certo? Vi você no elevador outro dia com um roteiro na mão.

Senti meu rosto esquentar ao perceber que ele tinha reparado em mim.

— Sim, estou começando. Peguei alguns papéis pequenos, mas nada grande ainda.

Ele assentiu, como se entendesse exatamente o que eu estava passando.

— Todos começamos por algum lugar. Meu primeiro apartamento era um cubículo. Mas eu entendo o que você quer dizer, essa transição pode ser estranha. De repente, sua vida muda, e você não tem certeza se está pronto para tudo o que vem junto com isso.

Fiquei surpresa com a sinceridade dele. Havia algo em suas palavras que parecia bem mais profundo do que ele deixava transparecer.

— Exatamente! — exclamei, animada por ele entender. — É como se eu tivesse conseguido algo que sempre quis, mas agora que estou aqui, tudo parece... maior do que eu imaginava. Como se eu tivesse que provar que realmente mereço estar aqui.

Ele sorriu de lado, aquele sorriso meio enigmático que eu já tinha visto em tantos filmes.

— Eu sei como é. Mas você vai descobrir que a chave é não deixar o peso disso tudo te afundar. Leva um tempo, mas você vai se acostumar.

Por um segundo, houve um silêncio confortável entre nós. Eu percebi que ele não era apenas o cara simpático da mídia. Ele parecia entender mais do que deixava transparecer.

— Sabe, eu não esperava conhecer ninguém aqui tão cedo — eu disse, rindo para quebrar o clima.

— E eu não esperava bater à porta de alguém, mas aqui estamos. — Ele sorriu. — De verdade, se precisar de qualquer coisa, mesmo que seja só um café ou fugir de algum drama de Hollywood, pode me chamar. Moro logo aqui ao lado.

Eu sorri de volta, sentindo-me mais à vontade do que no começo da conversa.

— Pode deixar. E, sobre as caixas, talvez eu te aceite no final de semana para um café em agradecimento, depois que o caos acalmar.

— Vou cobrar. — Ele piscou antes de começar a se afastar, mas parou por um instante e olhou por cima do ombro. — A propósito, uma dica de veterano aqui: o elevador costuma ficar preso às vezes. Se acontecer, só me ligar. Não seria a primeira vez.

Eu ri, acenando enquanto ele desaparecia pelo corredor. Fechei a porta com um sorriso no rosto. Quem diria que Michael B. Jordan seria meu vizinho e, além de tudo, alguém tão... acessível. Ainda assim, havia algo nele, algo nos olhos, que sugeria que ele carregava mais do que o brilho das telas de cinema. Algo que eu ainda não conseguia entender.

Sorrir boba e continuei aos meus trabalhos nas caixas.

Sorrir boba e continuei aos meus trabalhos nas caixas

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𝗜𝗠𝗔𝗚𝗜𝗡𝗘𝗦 , famous. Onde histórias criam vida. Descubra agora