𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 ¹ - 𝕬 𝖕𝖆𝖗𝖙𝖎𝖉𝖆

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A História de Brita

Desde a primeira luz, Brita se encontrava constantemente desperto devido à movimentação de pessoas e carroças pela rua, mas ele se obrigava a dormir mais um pouco. Nem os gritos dos feirantes eram altos o suficiente para tirá-lo de seu recanto.

Após dias de caminhada pela floresta, Brita chegou ao porto na cidade costeira de Leilon no fim do dia anterior. Faziam meses que ele não bebia, pois em sua vila anã ele era ridicularizado pela sua estatura. Então, ele buscava sempre ficar só entre os intervalos de suas tarefas de minerador. Ele entornou o caneco na última noite e queria descansar tanto quanto possível.

O sol já se encontrava a dois sextos de volta, faltando pouco para o meio do dia (11 da manhã). Seu abrigo deixara de ser aconchegante e se tornou abafado! De repente, os transeuntes que passavam perto da praça foram pegos de surpresa quando de um monte de feno saltou um homem de 1,93m, gritando, sacolejando e se debatendo.

Com o calor, as pulgas que se encontravam naquele monte se inquieta-ram e partiram para o café da manhã, o traseiro de Brita, óbvio. Após se despir e pular no ri deo, Brita se recompôs, vestiu suas roupas de couro batido, que ao olhar de perto parecia ser feita de outras peças de couro menores e remendadas de forma que ele pudesse usar. Limpou os restos de feno de seus curtos cabelos negros, esticou sua barba cheia e emaranhada em direção ao chão e rumou sentido à guilda para buscar formas de alcançar seu objetivo principal:

"Ser o maior anão da história."

Brita sabia que deveria encontrar um grupo que servisse para tal. Chegando na guilda, ele se escorou num canto e esperou para que visse alguém que ele julgasse à altura da tarefa.

Ele não procura uma missão, ele não procura amigos. Brita almeja a glória para provar à sua família que ele merece sim ser um anão e não se importa de buscar companheiros aqui ou em qualquer outra cidade desse reino.


A História de Dragomir

O cheiro do mar estava começando a passar despercebido. Já era tarde quando os marinheiros terminavam um dia de trabalho e começavam a se recolher ou se juntar para embebedar. Dragomir andava, e seus frascos batiam uns nos outros, produzindo o som de vidro contra vidro. Ele passou as mãos pelo cabelo, que teimosamente insistia em cair sobre os olhos.

Dragomir procurava a guilda, local onde aventuras começam, onde era possível encontrar o que faltava nele. Devido aos anos de estudo em alquimia, ele sabia que, se quisesse encontrar o ingrediente dos chifres de fogo, deveria pedir ajuda. Só esperava que não custasse todos seus ouros.

A Guilda Escudo Bronze era conhecida por juntar uma variedade de pessoas com habilidades únicas, justamente o que ele precisava. Ao adentrar a guilda, percebeu que estava lotada de guerreiros, raças e magos. Uma caneca de cerveja flutuava, molhando o mago que dormia. Em um canto, uma partida de bebidas animava a todos. Dragomir atravessou a massa de gente até chegar ao trabalhador da guilda.

- Pois não, em que posso ajudar?

- Boa tarde. - Olhei rapidamente para as janelas para conferir. - Quero dizer, boa noite. Me chamo Dragomir. Estou em busca de oferecer os meus serviços e minhas poções. Sabe, sou um alquimista.

- Alquimistas são raros por essas bandas. O que traz à nossa cidade?

- Estou atrás de um ingrediente difícil de encontrar e pior ainda de conseguir. Quero encontrar pessoas corajosas para essa empreitada. Ou quem sabe negociar...

O mestre da guilda disse a Dragomir:

- Ahh, sim. Se é negociações que você procura... Vá até o lado oeste da cidade. Lá você encontrará uma velhinha. Não se engane, ela sabe negociar.

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