Capítulo 5: Um mundo escuro

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À medida que o bullying se intensificava, a escuridão em que Lauk estava mergulhado se tornava mais opressiva. Ele começou a se sentir como se estivesse vivendo em um pesadelo do qual não conseguia acordar. Os dias eram longos e os momentos de alegria, inexistentes. Ele se sentia como um prisioneiro em sua própria vida.

Os horários escolares se tornaram um teste de resistência. Lauk entrava na escola com o coração na boca, temendo o que poderia acontecer a seguir. Ele sabia que os comentários maldosos estavam à espreita, prontos para atacá-lo a qualquer momento. Em casa, as paredes do quarto pareciam se fechar ao seu redor. A escuridão se infiltrava em cada pensamento, e ele não conseguia encontrar uma saída.

As noites eram as mais difíceis. Ele deitava-se na cama, sentindo a solidão pesar sobre ele como um manto. Muitas vezes, ele se pegava desejando que tudo fosse diferente, que seus pais estivessem ali para confortá-lo. As lembranças de seus abraços se misturavam com a dor da perda, criando um turbilhão de emoções que o deixava sem fôlego.

Em momentos de desespero, Lauk se questionava se algum dia encontraria a luz novamente. A ideia de procurar ajuda parecia assustadora; ele temia ser visto como fraco ou, pior ainda, que ninguém se importaria. As vozes na sua cabeça diziam que ele não tinha valor, que sua vida não importava. Ele se sentia afundando em um mar de tristeza, sem saber como voltar à superfície.

A solidão tornou-se sua única amiga, mas era uma amizade amarga. Lauk não conseguia ver um futuro para si mesmo. Cada dia era uma repetição do anterior, e ele começou a acreditar que essa era sua realidade para sempre. Mas, no fundo, uma pequena parte dele ansiava por algo mais, algo que poderia iluminar seu caminho e guiá-lo para fora daquele túnel escuro.

A Luz Bem No Final Do TúnelWhere stories live. Discover now