À medida que se aproxima dos 30 anos, Park Jimin começa a sentir um vazio em sua vida. Apesar do sucesso mundial ao lado do BTS, ele não consegue ignorar a sensação de que algo está faltando - alguém especial para compartilhar suas vitórias, medos e...
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Eu sempre pensei que as pessoas que machucam pessoas de quem gostam eram o pior tipo. Quer dizer, como é possível gostar de alguém e ainda assim ferir essa pessoa? Sempre me pareceu o cúmulo da hipocrisia. Mas aqui estou eu, machucando a Bela, mesmo sem querer, mesmo sem intenção. E, de repente, começo a me perguntar... será que sou esse tipo de gente? O tipo de pessoa que eu mesmo julgava? Enfim, a hipocrisia.
Bom, vamos aos fatos. Essa última semana foi uma verdadeira bagunça. Entre as finalizações dos MVs, as reuniões intermináveis e a exaustão física e mental, eu só queria me jogar em qualquer lugar e dormir por uns dois dias seguidos. Mas não dava. Havia tanto a fazer, e se a equipe estava ficando até tarde, eu também ficava. Eu sou assim. Se eles dão o sangue, eu também dou. Não gosto de deixar ninguém na mão, muito menos nos meus projetos. Mas a parte mais complicada disso tudo foi não poder ver a Bela tanto quanto eu queria. Eu havia decidido que aproveitaria cada minuto livre dos nossos últimos dias juntos. Só que o trabalho me engoliu, e lá estava eu, atolado até o pescoço.
E claro, ainda tinha a preocupação com a saúde dela. Eu sabia que Bela era teimosa e negligente consigo mesma. Então, o jeito era encher ela de mensagens, lembrando dos remédios e mandando comida para que, pelo menos, ela se alimentasse direito. Eu sabia que ela não admitiria, mas, com certeza, estava negligenciando algo.
Quando a segunda-feira chegou, eu fui para a Hybe com o coração acelerado, só para dar um oi. Eu queria ver o rosto dela, ver como estava. E, pra ser sincero, eu me senti extremamente orgulhoso quando ela me viu e deixou a almofadinha de agulhas cair.
Saber que ainda tinha esse efeito sobre ela? Satisfação pura. Eu amava vê-la impactada por mim. Mas aí veio o convite dela, para a gente se ver à noite, e foi como se alguém desse um nó no meu estômago. Eu queria dizer sim, mas... como? Eu precisava buscar a Sofia no aeroporto. E o pior é que eu sabia que a equipe poderia ter feito isso, mas ela era uma colaboração importante para o projeto, e eu queria mostrar que apreciava isso. Então ela sugeriu o dia seguinte e... eu tinha marcado de levar Sofia e a equipe dela passear por Seul. Cacete. A sensação de estar dando um "fora" na Bela, justo nos nossos últimos dias juntos, me deixou com o coração pesado.
