Capítulo 11 - Jimin

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Flertar com o perigo sempre foi parte do meu DNA

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Flertar com o perigo sempre foi parte do meu DNA. Seja nos palcos, com coreografias intensas, ou fora deles, com a vida acelerada que levo, esse jogo de ir ao limite e voltar sempre esteve presente. Mas agora... agora é diferente. Porque pela primeira vez, me sinto flertando com algo mais perigoso do que qualquer queda de altura no palco ou qualquer comentário picante em uma entrevista. Bela.

Não consigo parar de procurar por ela com os olhos. E, quando estou em um ambiente onde sei que ela está por perto, preciso fazer um esforço consciente — e imensamente difícil — para não olhar para ela o tempo todo. Porque, honestamente, não é como se ela fizesse algo para chamar minha atenção. Ela não precisa. Apenas estar no mesmo espaço que ela já mexe comigo. A forma como ela inclina a cabeça quando está concentrada em alguma tarefa, ou o jeito que ri baixinho quando acha que ninguém está prestando atenção... Tudo isso fica gravado em mim como uma música viciante, uma que você não consegue parar de ouvir, mesmo que tente.

O problema é que comecei a notar que faço coisas que, até pouco tempo atrás, eu não faria. Isso porque o que temos deveria ser simples, sem complicações. Um rolo casual, sem grandes expectativas. Mas aí estou eu, deixando doces e bilhetinhos na mesa dela, enviando mensagens no meio do dia só para ver se ela sorri. Isso não faz parte do combinado. Isso não deveria ser algo que eu estivesse fazendo, mas não consigo evitar. Parece que persuadir Bela a estar comigo durante a semana também virou uma missão pessoal. É como se o final de semana não fosse mais suficiente. O pior — ou melhor? — é que eu sei que estou apagando a linha já tênue entre algo casual e algo... mais.

Esse pensamento me traz de volta a algo que aconteceu nos últimos dias. Meu comportamento... flertador. Sempre foi parte de quem sou. Nos shows, nas entrevistas, até nas reuniões. Não vejo mal nisso, nunca vi. Mas quando percebi como isso mexeu com Bela, algo em mim balançou. Eu nunca pensei em refrear essa parte de mim, porque para mim, era algo natural, inofensivo. Até ver o rosto dela, até ver o incômodo em seus olhos. E, confesso, me pegou desprevenido. Perceber que algo tão trivial para mim poderia incomodar alguém que... bem, que importa.

Na verdade, fiquei meio satisfeito com o ciúme que ela demonstrou, mesmo que tenha tentado disfarçar. Algo em mim gostou de ver que ela se importa. Mas o que realmente me chateou foi pensar sobre as minhas atitudes e perceber que, talvez, ela tenha razão. A garota com quem estava falando outro dia realmente tinha motivos para achar que eu estava interessado. E é aí que percebo... eu mesmo não gostaria de ver Bela flertando com outro cara assim. A simples ideia já me incomoda. Bastante.

Jimin - CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora