Capítulo 16 - Bela

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A dor no coração é uma coisa engraçada

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A dor no coração é uma coisa engraçada. Engraçada não no sentido de "haha, que engraçado", mas daquele jeito estranho e desconfortável, como quando você ri de nervoso e não sabe exatamente por quê. Tem dias que a dor parece uma pontada tão forte que eu, honestamente, me pergunto se deveria dar uma passadinha no hospital. Tipo, quem sabe não é um infarto disfarçado? Ou talvez o meu coração esteja tentando me avisar que ele está prestes a explodir como uma melancia no micro-ondas.

Mas, no fundo, eu sei a verdade. Não é nenhum problema cardíaco: é só o problema clássico de quem decidiu ser mais forte do que deveria. Ser forte é superestimado, é o que eu acho. Quando você tenta carregar tudo no peito e sustentar aquela fachada de "estou ótima, obrigada", é como se você estivesse carregando um piano nas costas. No começo, parece que vai dar. Você respira fundo, ajeita o peso, finge que está tudo sob controle. Mas, conforme os dias passam, o piano vai ficando mais pesado e, eventualmente, seus joelhos começam a tremer. O problema é que, se eu soltasse tudo de uma vez... eu tenho certeza de que a bagunça ia ser grande demais para arrumar depois. E quem teria que arrumar mesmo? Isso, aí, eu.

E eu sei onde me meti. Desde o começo, estava claro. Eu entrei naquela porta sabendo o que estava do outro lado. Fui a adulta responsável que decidiu, com plena consciência, que ia me envolver com alguém que eu não podia ter. E, agora, a adulta responsável também precisa lidar com as consequências, certo? Não posso me dar ao luxo de desabar só porque a realidade bateu à porta. Ou, no meu caso, porque o coração decidiu fazer bico.

Só que, além de tudo isso, tem o meu estômago. Porque, aparentemente, ele resolveu se solidarizar com o coração e entrou na dança.

Cada dia é um episódio novo de "A Revolta do Estômago", e eu nunca sei o que vai acontecer. Tem dias que eu mal consigo olhar para o café da manhã sem sentir náuseas. E, olha, um dia sem café é triste. Mas mais de um? Isso, sim, é tortura. Como se já não fosse suficiente sentir como se meu peito estivesse sendo espremido, meu corpo também resolveu dar seu pitaco. "Ah, você está sofrendo emocionalmente? Deixa eu te ajudar com umas dores no estômago para combinar." E eu aqui, sorrindo e acenando.

Jimin - CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora