Capítulo 15 - Jimin

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Sabe aquela sensação estranha de que talvez você tenha acabado de perder algo que nunca mais vai voltar? Eu sempre me pergunto como é que as pessoas têm tanta certeza quando é para segurar firme algo e quando é para simplesmente deixar ir

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Sabe aquela sensação estranha de que talvez você tenha acabado de perder algo que nunca mais vai voltar? Eu sempre me pergunto como é que as pessoas têm tanta certeza quando é para segurar firme algo e quando é para simplesmente deixar ir. Tipo, como você sabe que aquele velho sofá que você prometeu que ia reformar por anos já passou do ponto e virou só um amontoado de poeira e memórias? Ou quando aquele amigo de infância que insiste em te chamar para maratonar filmes ruins merece mais uma chance ou é melhor ignorar de vez? Ou ainda, como decidir se o pé de planta que você está regando há semanas e que continua seco, precisa de mais água ou é hora de aceitar que ele já foi para o céu das plantas?

Agora, aqui estou eu, exatamente nessa encruzilhada, só que com algo um pouquinho mais complicado que um sofá velho ou uma planta morta. Bela. E, honestamente, eu me sinto no escuro, completamente perdido. Como saber se é a hora de deixar ela ir, ou se é agora que eu deveria me agarrar a ela com unhas e dentes? O problema é que, se eu ouvir a minha cabeça, tudo faz sentido. Fiz o que era certo, o que era ideal para o momento. Mas se eu ouvir o coração... bom, aí é que a coisa complica de verdade.

Lembro da noite depois de deixar Bela em casa, depois daquele último beijo. A razão me dizia que aquilo era o certo. Eu deveria deixar as coisas como estavam, manter o combinado. Ela foi clara desde o começo: não queria se envolver com alguém como eu. E eu também tinha as minhas complicações, principalmente agora, à beira de servir no exército. Então, era o certo, ok? Certo. Mas, ao sair dali, eu não consegui evitar o peso no peito, aquela sensação de que algo se perdeu. Cheguei em casa e tudo o que consegui fazer foi pensar nela. A imagem dela, o som da risada, o jeito que ela me olhava quando achava que eu não estava prestando atenção... Ficava tudo rodando na minha cabeça como um filme em looping infinito.

A verdade é que ela é a garota dos meus sonhos. Simples assim. Mas, será que todos podem realizar seus sonhos? Será que deveriam? Fico pensando nisso, e, se eu sou honesto comigo mesmo, a resposta é... eu não sei. É como se todo o mundo me dissesse que não é o momento. Mas meu coração insiste que talvez deveria ser.

E aí, claro, volto a pensar na conversa que tivemos, naquela última noite. Quando ela me perguntou se eu queria que alguém me esperasse durante o serviço militar, minha primeira vontade foi dizer que sim. Que sim, eu queria. Muito. Mais do que eu poderia admitir. Mas eu não disse. Porque pedir isso a ela seria egoísmo. Como eu poderia pedir que ela esperasse, quando eu estaria ausente por tanto tempo, e a incerteza de tudo só aumentaria?

Jimin - CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora