𝚈𝚘𝚞'𝚛𝚎 𝚖𝚒𝚗𝚎! 𝙹𝚞𝚜𝚝 𝚖𝚒𝚗𝚎. - (Sarry/Larrisher)

Capítulo IV - "Mas eu consegui esquecê-la."

Na varanda do quarto, Larry tragava um cigarro, observando os carros que passavam na rua.

Estava frio, e o Azul estava enrolado em cobertas.

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Larry's pov
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Antes que pensem, não, não fizemos nada na noite passada.
Infelizmente não.

Mas ontem foi o dia que ele me mostrou seu rosto, e eu só sabia observá-lo, ficar olhando, e eu vou fazer isso sempre que eu puder.

Sal ainda dormia, e eu fumava um cigarro na varanda. A fumaça era levada rapidamente pelo vento, meu celular tocava sem parar, mas eu já sabia quem era.

Eu devia estar com pelo menos 70 ligações perdidas da Ash, mas que se foda, não é problema meu.

E quem dizer: "Ah, mas é sim problema seu, você roubou a moto!" Eu posso até ter feito isso, mas primeiramente eu não roubei, só peguei emprestada.

Segundamente, quem tinha que se foder era ela!

Sal soltou um grunhido quando acordou, colocando o braço em seus olhos e começando a falar alguma coisa que eu só fui entender depois.

— Cara.. Eu tive um sonho estranho pra caralho.... — Ele retirou a coberta de cima dele, ainda deitado e ainda cobrindo os olhos. — Sonhei que eu e você tinhamos fugido de moto e.. E eu não lembro o que aconteceu...

— Sally, cara, abre o olho.

Ele tirou o braço de cima do rosto, ainda sem sua máscara.

— QUÊ?

— Sim pô, eu te arrastei. Inclusive a gente trepou ontem. — Falei, brincando.

— Tá zoando né?! — Ele disse, procurando marcas em seu corpo.

— Óbvio que não. Tu não lembra nada mesmo que aconteceu?

— Nada, puta que pariu, mané, eu não fiz isso não né? — O tanto que eu tava segurando pra não rir era inexplicável..

Ele ainda procurava alguma evidência, se levantando e olhando no espelho, sem sua camisa, como na noite passada.

— É brincadeira cara! — Falei, não aguentando segurar o riso.

— Puta merda, que susto, vai tomar no seu cu. —

— Mas vai dizer que você não queria em? Hah. — Falei, recebendo um tapa fraco no rosto. — Ai, tá estressadinho em?

— Mano, eu vou te quebrar.

— Uiui. — Provavelmente irritá-lo era um dos meus passatempos favoritos, já que ele ficava lindo tentando se defender ou me xingando.
Ele ficava lindo sempre.

— Mas eaí, dormiu bem?

— Teria dormido melhor se a gente tivesse trepad-

— MANO. — Ele falou, colocando a mão em sua testa.

— Tá bom, parei. Eu dormi bem, e você?