- CAP. 18 -

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12:30 PM
[Nome]'s house.

O coração tinha parado de acelerar e agora conseguia respirar com mais leveza e enxergar com mais clareza. Estava sentada no balcão da cozinha onde Ghost, a pouco, a posicionou. Ela tinha um machucado no lábio inferior.

— Você deve ter se machucado sozinha sem nem perceber — sussurrou o tenente, limpando o arranhão de seu lábio inferior com cautela. — Devia ter chegado antes. Me perdoa, amor.

[Nome] engoliu em seco e balançou a cabeça, dispensando o pedido de desculpas.

— Sério, tá tudo bem. Eu só...

A mulher parou de falar.

Ghost estava entre suas pernas segurando um algodão um pouco ensanguentado com algum produto para a limpeza de machucados mais superficiais. Ele colocou uma mecha do cabelo dela atrás da orelha, como se estivesse lidando com um pedaço muito delicado de porcelana.

— Minha boneca. — Ele sorriu e a puxou para o seu peitoral em um abraço aconchegante. — Não sou muito chegado em abraços mas... acho que você curte. Se isso te faz sentir melhor...

Ela inspirou todo o perfume ligeiramente amadeirado e profundo do maior, enlaçando seu pescoço com seus braços em um refúgio confortável.

— O que aconteceu? Podemos falar sobre isso? Eu... tô preocupado pra caralho, sendo bem sincero com você.

[Nome] gentilmente se afastou um pouco, apenas o bastante para fitar seus olhos escuros, agora afetuosos. Ela balançou a cabeça e suspirou.

— ... Ele era tão cruel, Simon. Tão, tão cruel.

O maior assentiu com a cabeça.

— ... Ele tentou te estuprar?

Um arrepio gelado se espalhou pela espinha da mulher, a fazendo soltar um barulho entre desconforto e dor física.

Concordou com a cabeça.

— Filho de uma puta. — Os olhos do tenente se tornaram pretos como uma noite sem estrelas. Os punhos cerrados com tanta força que estavam brancos. O cenho franzido em nojo e reprovação.

Ele segurou as bochechas da menor;

— Escuta, boneca — começou, se controlando. —, ele não vai mais chegar perto. Ninguém. Porquê se isso acontecer de novo... eu vou arrancar a porra da mão dele e fazer ele engolir.

A única coisa reconfortante era lembrar que o cara já devia estar sendo comido por vermes ou algum bicho que o achou.

Claro que os homens se livraram do corpo.

Bem, Gaz, Price e Soap provavelmente se livraram da carcaça.

— Vem cá, meu amor. — Sua voz grave ressoou em seus ouvidos.

Ele a embalou em um abraço quente de forma agradável e segura. Ele espalhou beijos carinhosos pelo seu cabelo, sussurrando suavemente palavras afirmativas. [Nome] se agarrou ao momento.

— A WEEK LATER —

Ghost, preocupado com o destino desconhecido que os rodeava, decidiu ficar por um tempo na casa da mulher. Algo como duas semanas ou até mesmo uma; apenas para ter certeza de que estava tudo bem e sob controle. Até porque foi um pedido dela que ele ficasse, então não hesitou.

Price: Preciso conversar com vcs

Garrick: ??

Johnny: q foi? alguma coisa em relação com a força tarefa? vc tava meio tenso hj, capitão

Price: Sim, tem haver. Quero que me encontrem no café de sempre.

O de reuniões?

Price: Isso mesmo, fantasminha camarada

haha q engraçado vc capitão

Garrick: KKKKKKKKKK VSF FOI ENGRCADO SIM

Johnny: tbm ne, é o seu pai fazendo piada

Garrick: te amo pau

Price: Sai dessa homem

14:27 PM
XXXX — Coffee's Point.

Quatro homens grandes e de físico admirável se sentaram juntos a mesa; Ghost e Johnny de um lado da mesa, Price e Gaz do outro. Com um suspiro pesado, o capitão pega uma ficha amarela e joga em cima da mesa, quase como se a mesma estivesse em chamas. Todos lançaram olhares confusos um para os outros.

— ...Uma ficha — murmurou Johnny, esperando que Price prosseguisse com uma explicação, porém o mais velho continuou em silêncio. Johnny suspirou e cruzou os braços ao peito. — Isso é uma adição?

Ele balançou a cabeça, não exatamente para concordar ou discordar de algo, mas parece que reorganizava pensamentos. Price pega a ficha e a revela.

No canto superior esquerdo havia uma foro de um homem de rosto sério. Sobrancelhas franzidas em uma carranca, um cabelo preto como a cor de um corvo e olhos caramelo que pareciam brilhar como ouro se exposto ao Sol.


FICHA DE SANTIAGO OLIVEIRA SOUSA

IDADE: 27.
NACIONALIDADE: Português.
NATALIDADE: Ilha da Madeira — Portugal.
DATA DE NASCIMENTO: 27/04/1997.
TIPO SANGUÍNEO: AB.
ALTURA: 1,87.
PESO: 92 kg (202,825 lbs)
CERTIFICADO DE PESSOA FÍSICA: *** *** ***-**
DESCRIÇÃO DA APARÊNCIA: Porte físico de muito bom estado. Alto. Cabelos pretos. Olhos caramelo. Pescoço não foi mostrado, porém, segundo a descrição do próprio, sofreu um acidente em um incêndio e apresenta tal área deformada.

Haviam mais coisas, mas Ghost não se deu muito trabalho em ler toda a ficha.

— Não acha que seja ruim ter novas pessoas na 141, Price? — disse Ghost, se inclinando levemente sobre a mesa. — Mas, acha mesmo que vai aceitar? Estamos tão bem dessa forma. Somos como família.

— A questão é que esse homem é um grande partido, filho. — O olhar de Price não se limitava apenas para Ghost, mas alternava para cada um dos ali presentes. Fato: eles eram como família; irmãos unidos por um bem maior. Porém, existe o outro lado da balança, o qual parece ser mais tentador para ao capitão. — Aliás, não vamos deixar de ser família. O tal do Oliveira pode até fazer parte.

Johnny mordiscava o lábio inferior enquanto analisava a ficha com seus olhos claros. Ele suspirou e inclinou a cabeça como um cachorrinho que caiu da mudança. Gaz, por outro lado, colocou a mão no ombro de Price e deu de ombros.

— Capitão Price. O senhor é literalmente o dono da porra toda. Tanto faz, cara. Você que sabe.

— Mas esse é o ponto, Garrick — começou Price, levando o olhar a ficha mais uma vez. — Somos foda pra caralho assim. Eu estou bem em como estamos, mas... quero a opinião de vocês. Sou o capitão, mas vocês são meus irmãos.

— Eu vou chorar — brincou Johnny.

— Pode chorar mesmo.


XX:XX
???

— Santiago Oliveira Sousa... — murmurou o albino, um sorriso rasgando seus lábios rosados. — Belo nome, não?

O Português sorriu e balançou a cabeça.

— Você é muito gentil, Jaden — Santiago colocou uma mão no ombro do amigo. — Preparado? Você consegue arranjar um emprego por essas bandas rapidinho, cara.

O de cabelos brancos sorriu um pouco, negando com a cabeça. O olhar do americano era direcionado atentamente a seus documentos em mãos.

— ...Você acha? Espero mesmo. Preciso de dinheiro. E logo.

Santiago, sem hesitar, concordou com a cabeça como se perguntassem a ele se o céu é azul. Sua convicção não era fraca; se sairia muito bem, sabe disso.

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⏰ Última atualização: Oct 19 ⏰

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༼˒🌑「- 𝐋𝐔𝐑𝐊𝐈𝐍𝐆 𝐅𝐎𝐑 𝐋𝐎𝐕𝐄 - 」🥀˓༽  (𝐋𝐞𝐢𝐭𝐨𝐫𝐚 × 𝐆𝐡𝐨𝐬𝐭) Onde histórias criam vida. Descubra agora