CAPÍTULO 8 - Marlboro de Melancia.

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author's pov.

Os ensaios começaram cedo no dia 4, e seriam longos, cerca de 6 horas de duração, com pausa apenas para almoço. O restaurante do resort era muito bom, bonito e agradável, como todo ambiente onde pessoas ricas jogam milhões em cima para construir.

As refeições de lá tinham um desconto absurdo para os VIPS, ou seja, os artistas convidados. As pessoas das bandas, cantores, produtores, digital influencers, e por aí vai. Logicamente, quase todos os artistas comeriam no restaurante do resort, para não gastar tanto com comércios de fora do evento.

Dunk já tinha a primeira parte da letra da música feita, até o primeiro refrão. Rápido, né? Era algo automático. Assim que Gemini disse para compor algo baseado no sentimento que tinha no momento, uma luz se acendeu dentro de sua mente.

Your pastimes, consisted of the strange
And twisted and deranged
And I love that little game you had called
"Crying Lightning"
And how you like to aggravate the ice-cream man on rainy afternoons

Provavelmente eram tantas coisas guardadas, empurradas e trancadas dentro de si mesmo que, quando deixou algo fluir, isso veio como um tsunami, quebrando a barragem de uma só vez, inundando tudo muito rapidamente.

Os irmãos Tangsakyuen opinavam em como a letra se encaixaria no ritmo do instrumental, testando diferentes maneiras de se formar uma melodia coerente. Se era baseado em raiva, o som podia ser um pouco mais pesado para ornar com a letra, mas Dunk pediu que até o primeiro refrão as coisas fossem um pouco menos marcantes, para fazer essa mudança brusca quando uma parte da letra chegasse, parte essa que ele estava prestes a escrever.

Phuwin, observava atentamente cada linha nova que Natachai escrevia, com as sobrancelhas franzidas em um semblante preocupado. Ele sabia sobre o que aquilo se tratava, bem, pelo menos o contexto geral. Já Norawit, não se indagava nada quanto à letra da música porque não sabia nada sobre o que ocorreu.

— Rapazeada... — ele largou o lápis que segurava em suas mãos, em cima da mesa. — Eu tô com fome.

— O horário de almoço é daqui uns minutinhos, espera aí, mana. — Phuwin retirou a alça de sua guitarra, que estava ao redor de seu corpo, e sentou-se no carpete da sala de ensaio. — Tô exausto...

O guitarrista bocejou enquanto Dunk se espreguiçava na cadeira, suspirando. Gemini brincava com suas baquetas, entediado.

— Vocês pretendem ir nas piscinas em algum desses dias? Quer dizer, a gente tá num resort, né... — perguntou o irmão mais velho, alternando o olhar entre seu irmão mais novo e Natachai. — Óbvio que sim. Estamos aqui de GRAÇA e não vamos usufruir dos privilégios? Ah, conta outra.

— Tem razão, P'Dunk. Mas a gente tem que saber administrar tempo, também. A gente vê as programações dos shows nos próximos dias e escolhe algum que a gente não se importa de perder, e vamos nas piscinas. É bom que fica vazio, né? Todo mundo vai estar nos shows.

— Caralho, pensa demaisss! Phuwin, teu irmão é genial mesmo. Por que você não é inteligente igual ele? — ele gargalhou logo após o comentário, vendo Phuwin se levantar do chão para lhe dar um tapa no braço, emburrado. — Ai, ai! Agressão gratuita!

— Agressão gratuita vai ser quando eu enfiar um cabo de vassoura na sua-

— EPA, EPA, EPA! Não precisa passar dos limites também, né? — abraçou a cintura do melhor amigo enquanto ainda estava sentado na cadeira, com ele em pé ao seu lado. — Era brincadeirinhaaaa. Você sabe que eu aaamoooooo você.

— Ai, que nojo, credo. — o mesmo empurrou a cabeça de Natachai para o lado, tentando se soltar do abraço, rindo. — Sai daqui que eu sou alérgico a viado!

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⏰ Última atualização: 4 days ago ⏰

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Crying Lightning 🎸 [joongdunk]Onde histórias criam vida. Descubra agora